A Casa de Anne Frank é um dos pontos turísticos mais emblemáticos e imperdíveis de Amsterdam, na Holanda.
Ainda que você não seja um amante de leitura e dos livros, certamente deve conhecer ou ter ouvido falar sobre a jovem judia Anne Frank, globalmente conhecida por ser um símbolo de resistência e coragem, fatos relatados em seu livro, o Diário de Anne Frank, um dos mais vendidos no mundo inteiro.
O famoso livro gerou uma comoção e curiosidade mundial acerca da vida de Anne e, consequentemente, uma grande procura ao local onde ela viveu confinada entre 1942 e 1944, durante o holocausto.
A Casa de Anne Frank está aberta para visitação desde 1960 e se tornou um dos museus mais visitados da Holanda, atraindo mais de 1 milhão de visitas anualmente.
Não à toa, em outubro de 2022, a Casa de Anne Frank recebeu o prêmio Prince Bernhard Cultuurfonds, por permanecer retratando durante décadas a forte história de vida de Anne Frank.
Então, se você quer ter a experiência de conhecer o local que serviu de refúgio para Anne Frank e sua família, além de outros lugares em Amsterdam ligados à Anne Frank, nesse post trouxemos informações importantes e outras dicas básicas para a sua viagem.
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Casa de Anne Frank
Veja abaixo tudo o que você vai ler aqui sobre a Anne Frank, a casa onde ela se escondeu e também onde vivia antes disso:
Quem foi Anne Frank: breve história
Nascida em 1929, Annelies Marie Frank, ou simplesmente Anne Frank, foi uma das 6 milhões de vítimas da perseguição e violência nazista durante a Segunda Guerra Mundial, o maior conflito já visto e conhecido pela história.
A jovem de origem judaica e nacionalidade alemã morava com a sua família nos arredores de Frankfurt, na Alemanha, e se viu obrigada a deixar o seu país após os nazistas ganharem o poder.
Então, Anne Frank e sua família começaram uma nova vida em Amsterdam, na Holanda.
Entretanto, o que parecia ser uma nova vida, se tornou mais uma vez um momento de tensão em maio de 1940, devido ao início da Segunda Guerra Mundial e a invasão nazista nos Países Baixos, hoje conhecido como Holanda.
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Essa situação obrigou a família de Anne Frank mais uma vez deixar o conforto do seu lar, dessa vez tendo como única solução um esconderijo construído pelo seu pai, Otto Frank, localizado por trás da empresa em que administrava em Amsterdã.
Anne, sua família e um grupo de amigos que também possuíam origem judaica e nacionalidade alemã, moraram nesse Anexo Secreto, como era chamado por Anne, por cerca de 2 anos, entre julho de 1942 e agosto de 1944.
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O esconderijo foi descoberto e invadido pela organização paramilitar do Partido Nazista em 4 de agosto de 1944, quando a jovem Anne Frank e todos os moradores foram capturados e levados a um centro de concentração nazista.
Em 1945, já no campo de concentração de Bergen-Belsen, após serem separadas de seus pais, Anne Frank e a sua irmã Margot Frank adoeceram e vieram a falecer devido aos sintomas da febre tifóide e de toda a situação de escravidão na qual foram designadas.
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O Diário de Anne Frank
Nos dias em que esteve confinada no anexo secreto, Anne Frank relatava em um caderno coisas relativas ao confinamento e às dificuldades que sua família passava, assim como detalhes da guerra.
Ela também relatava todo o seu dia a dia, suas emoções, anseios, conflitos com a família, relações de amizade, seus sentimentos e sonhos para quando a guerra encerrasse.
No caderno, ela também mencionava todos os que estavam no esconderijo. Aquele caderno era considerado como um diário, um melhor amigo para ela, o qual foi encontrado após a mesma ser capturada.
O Diário de Anne Frank foi entregue ao seu pai, Otto Frank, o único integrante do anexo secreto que sobreviveu às consequências da Segunda Guerra Mundial e da perseguição aos judeus.
Em 1947 Otto Frank tornou o caderno público, sobretudo porque sua filha havia demonstrado interesse em se tornar escritora ou jornalista.
Esse diário de confinamento veio a ficar mundialmente conhecido, sendo, inclusive, um dos documentos mais importantes sobre o Holocausto.
Em reflexo a tão chocante história, cerca de 35 milhões de exemplares do Diário de Anne Frank foram vendidos no mundo inteiro, em dezenas de idiomas.
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Visitando a Casa de Anne Frank
O anexo secreto onde Anne Frank viveu durante esses 2 (dois) anos tornou-se um museu biológico em Amsterdã, conhecido como a Casa de Anne Frank.
E como falamos, o museu atrai milhares de visitantes curiosos vindos de todos os cantos do mundo, no entanto, para visitá-lo é preciso saber algumas informações importantes.
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O ingresso para visitar a Casa de Anne Frank deve ser comprado apenas online através do site oficial.
É bom saber que o ingresso possui dia e horário marcado.
Por dia são disponibilizados quase 4 mil ingressos, porém quase nunca são suficientes tendo em vista o número de pessoas que querem conhecer o museu.
Por isso, devido à grande concorrência, a dica é garantir o seu com alguns dias de antecedência!
Além do ingresso para visitar o museu, também há a opção de adquirir uma pequena apresentação, em inglês ou holandês, sobre a história de Anne Frank.
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Como é a visita à Casa de Anne Frank
A visita a Casa de Anne Frank acontece no dia e horário escolhido no momento da compra e, apesar de no geral a visita acontecer num tempo médio de 1h30, cada visitante pode levar o tempo necessário para observar cada detalhe do refúgio de Anne Frank e sua família.
Além de observar todos os cômodos e detalhes da Casa de Anne Frank, os visitantes também possuem o auxilio de um áudio-guia disponibilizado em vários idiomas, inclusive em português.
Caso tenha interesse em visitar o local durante sua viagem para a Holanda, é imprescindível estar atento a alguns detalhes importantes sobre a visita à Casa de Anne Frank, tais como:
- durante a visita não é permitido voltar para cômodos já visitados;
- não é permitido filmar ou fotografar o interior do museu;
- além disso, por possuir escadas íngremes, a visita pode ser difícil para pessoas com mobilidade reduzida.
Outro ponto importante para ser observado é que a idade mínima recomendada para visitar o museu é a partir dos 10 anos, entretanto, cabe aos responsáveis a decisão de permitir ou não o acesso de crianças menores de 10 anos, tendo em vista que é relatado todo o contexto da história de Anne Frank e do holocausto, o que pode ser muito pesado para as crianças.
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Casa de Anne Frank – Informações Úteis
Agora que você já sabe um pouco da história e o que esperar da casa de Anne Frank, abaixo elencamos algumas informações básicas que vão te ajudar no seu roteiro:
- Endereço: A Casa de Anne Frank está localizada em Amsterdã, na Prinsengracht 263-267, porém a entrada do museu fica na Westermarkt 20, 1016 DK.
- Horários: O museu abre todos os dias entre 9h e 22h, porém é preciso atentar ao dia e horário escolhido no ato da compra do ingresso.
- Preço: € 16,00 (adultos), € 1,00 (0 a 9 anos) e € 7,00 (10 a 17 anos).
- Transporte: A Station Centraal está localizada a cerca de 1,5 km do museu, mas para quem preferir, as linhas 13 e 17 do Tram (ou bonde) que passam pela Station Centraal possuem parada a poucos metros da Casa de Anne Frank.
A verdadeira Casa de Anne Frank
Um detalhe que algumas pessoas podem não saber ou até mesmo não se lembrar, é de que antes de se verem obrigados a se esconderem no anexo secreto, Anne e sua família, além de muitos outros judeus moravam no bairro chamado Rivierenbuurt, também conhecido como bairro judeu de Amsterdam, na rua Merwedeplein 37 II e em frente à Praça Merwedeplein.
Por ser um bairro judeu, Rivierenbuurt sofreu bastante durante a invasão nazista. Estima-se que na época cerca de 17 mil judeus viviam no bairro, destes, infelizmente, apenas 4 mil conseguiram sobreviver às perseguições.
Outro dado histórico e interessante sobre Rivierenbuurt é o fato de que, apesar de ter sido bastante castigado pelas tropas nazistas, foi por esse bairro que Amsterdam foi finalmente libertada do domínio nazista.
Mas, apesar das marcas do seu passado triste e sombrio, atualmente o bairro Rivierenbuurt é bastante calmo, preservado e bonito. Além de guardar muita história para aqueles que desejam visitar esse museu a céu aberto.
E a verdadeira casa de Anne Frank, que na verdade é um apartamento, atualmente está aos cuidados da Fundação Holandesa de Literatura (Nederlands Letterenfonds), foi reformada para o seu estilo original e é habitada por escritores estrangeiros refugiados.
Por isso, a verdadeira casa de Anne Frank e sua família não é aberta ao público para visitação, mas para quem quer se aprofundar ainda mais na história de Anne Frank e de todas as outras vítimas, vale super a pena um passeio pelo bairro onde a jovem viveu por cerca de 6 anos.
A única coisa que identifica o local como a antiga moradia da família Frank, é uma marca no chão na calçada em frente ao prédio, composta por 4 placas, uma para cada membro da família.
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Para chegar até a verdadeira casa da família Frank, saindo da Station Centraal basta pegar a linha 4 ou 12 do Tram e descer na parada Waalstraat, que fica a poucos metros da rua Merwedeplein. As linhas de ônibus 62 e 65 também atendem a região.
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A estátua de Anne Frank
Numa visita ao bairro de Rivierenbuurt é possível ainda visitar a estátua de Anne Frank localizada na Praça Merwedeplein.
A estátua é mais um elemento criado para eternizar a memória dessa figura tão importante para a história de Amsterdam e muitos visitantes costumam deixar homenagens, como flores e outros objetos, próximas ao monumento.
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Boekhandel Jimmink: a livraria onde o pai de Anne comprou o famoso diário
Outro ponto bastante importante para conhecer durante a visita ao bairro onde viveu a família Frank antes da Segunda Guerra Mundial é a Boekhandel Jimmink, a livraria onde Otto Frank comprou o famoso diário e presenteou Anne Frank no seu aniversário de 13 anos.
Além de ter sido a livraria de onde saiu o caderno que deu vida ao Diário de Anne Frank, o local é sem dúvidas uma parada obrigatória para quem quer adquirir materiais sobre ela.
A Boekhandel Jimmink fica localizada nos arredores da Praça Merwedeplein e da verdadeira casa de Anne Frank e funciona de terça-feira a sexta-feira das 12h às 18h e aos sábados das 11h às 18h.
Uma excelente maneira de explorar o bairro judeu e outros lugares ligados a Anne Frank em Amsterdam é participando dos Walking Tours, onde é possível se aprofundar melhor em cada detalhe e conhecer de perto como foi a vida de Anne durante o holocausto.
Mural de Anne Frank em Amsterdam
O famoso artista brasileiro Eduardo Kobra também deixou a sua arte em homenagem a Anne Frank em Amsterdam!
Pintado em 2016, em um dos muros do STRAAT Museum, o gigante mural com o rosto de Anne Frank possui 240 m² e faz parte do projeto chamado Olhares da Paz.
Apesar de estar num bairro não muito turístico, não há dificuldade para chegar ao mural de Anne Frank. Confira abaixo as opções de como chegar ao mural:
Balsa para pedestres e bicicletas: Por trás da Station Centraal, basta pegar a balsa F4 localizada no lado esquerdo com destino a NDSM-Werf.
Essa é a maneira mais comum para chegar até o mural e ao STRAAT Museum. A travessia dura apenas 15 minutos e, ao desembarcar no cais, já é possível avistar o mural de Anne Frank.
Ah, a balsa é gratuita e parte a cada 30 minutos. Para mais informações sobre horários acesse o site da GVB.
Ônibus: Na Station Centraal basta pegar a linha de ônibus 391 ou 394 e descer na 4º parada (Klaprozenweg) que fica a poucos metros do mural.
Carro: Para quem preferir ir de carro, basta seguir em direção à Amsterdam Noord pelo túnel IJ/S116. Confira algumas opções de estacionamento nos arredores do mural.
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Agora você já sabe as principais informações para conhecer a memorável Casa de Anne Frank e outros lugares em Amsterdam ligados a ela.
Não deixe de nos contar como foi a visita.
Dicas extras:
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Amsterdam é a capital da Holanda, país que faz parte do Tratado Schengen, um acordo entre determinados países europeus para permitir a livre circulação de pessoas.
Dentro do Espaço Schengen, todos circulam livremente, inclusive os turistas. Mas, para entrar na Europa, o Tratado Schengen exige que os turistas tenham um seguro viagem internacional com cobertura médica de, no mínimo, 30 mil euros.
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Perguntas frequentes sobre Anne Frank
Anne Frank é uma das milhares de vítimas do holocausto. Ela ficou mundialmente conhecida por escrever um diário contando dos seus dias de confinamento enquanto esteve escondida com a família, o Diário de Anne Frank.
Anne Frank, por ser de família judia, foi uma das prisioneiras em um dos campos de concentração do nazismo, ficando no campo de Bergen-Belsen, onde as condições eram miseráveis. Ela e a irmãa pegaram febre tifoide e morream em fevereiro de 1945.
No esconderijo em que Anne Frank estava e onde ela escreveu o diário viviam ela, sua irmã Margot (mais velha), o pai Otto Frank e a mãe Edith Frank.
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Declev Reynier Dib-Ferreira é fotógrafo e editor do blog Turista Profissional, acompanhando de perto todas as aventuras e histórias contadas aqui. É professor de ciências e doutor em Meio Ambiente. Mantém também o blog Diário do Professor, sobre educação.