Igreja da Natividade em Belém, o lugar onde Jesus nasceu

Quando fomos a Israel fizemos, sem querer, quase uma peregrinação religiosa. Fomos a praticamente todos os locais sagrados às religiões cristãs, acompanhando os passos de Jesus Cristo, desde antes mesmo de seu nascimento até depois de sua morte.

Já falamos aqui sobre a casa de Maria, onde ela viveu seus últimos anos [que, na verdade, fica na Turquia] e ainda temos muito o que contar.

Hoje vamos contar como foi visitar a Igreja da Natividade, ou Basílica da Natividade, em Belém (Bethlehem), local onde Jesus Cristo nasceu.

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Igreja da Natividade em Belém

É, simplesmente, a igreja mais antiga do mundo ainda em atividade. Ali são mais de dois mil anos de pura História que se passam por nossos olhos.

Nosso guia nos informou que uma das evidências de que o local é realmente onde Jesus nasceu é que, em 135 d.C., lá foi construído um “templo pagão”, pelo imperador romano Adriano.

Na verdade, um local de culto para Adônis, o deus grego da beleza e do desejo. O intuito seria o de apagar a memória de Jesus Cristo.

+++ Veja aqui passeios para Belém.

Belém: visita da igreja da natividade de meio dia e excursão da cidade

A primeira igreja foi erguida por volta de 326 d.C. pelo imperador Constantino, a pedido da sua mãe, Santa Helena, por cima do que seria o templo pagão.

Esta primeira igreja foi destruída em um incêndio por conta de uma rebelião entre judeus e samaritanos na Palaestina Prima, em meados dos anos 500 d.C.

Após sua destruição, o imperador romano Justiniano I construiu, por cima dos restos da antiga, a igreja que existe atualmente.

Apesar de todas as ameaças que já sofreu, ninguém nem nenhum exército ousou destruí-la, ao longo destes longos séculos. E olha que quase aconteceu.

Contam que, durante a invasão persa, em 614, os soldados se aproximaram da Igreja e já preparavam os fogos para incendiá-la quando viram a imagem representando os 3 reis magos, nos mosaicos ao alto do templo, vestidos em trajes persas, e pouparam o edifício da destruição.

Hoje ainda se pode ver, muito bem conservados, os mosaicos que embelezavam o piso da primeira igreja.

Estes mosaicos ficam por baixo do piso atual, mas pode-se ver por meio de portas de madeira no piso. São desenhos geométricos complexos, com pássaros, flores e plantas formando um belo tapete.

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Atualmente, a basílica pertence a três religiões distintas: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Armênia e a Igreja Católica (franciscanos). E cada uma tem “uma parte” lá dentro.

Na entrada, temos que nos abaixar para passar pela “porta da humildade”: os cruzados construíram uma entrada de apenas 125 centímetros de altura, diminuindo a entrada anterior.

A razão seria para garantir que ninguém pudesse entrar montado a cavalo, mas, de quebra, obriga as pessoas a se curvarem para poder entrar na igreja.

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A Igreja Ortodoxa Grega é proprietária de um altar principal com ícones ortodoxos, candelabros, lâmpadas, etc.

A Igreja Armênia, igualmente, tem o seu altar, dedicado aos Reis Magos e à Virgem Maria.

E a Igreja Católica também tem o seu altar na Gruta da Natividade, e uma parte da igreja de sua propriedade.

A visita segue um roteiro padrão, passando por todos os pontos de interesse lá de dentro. Depois de observar os mosaicos do piso, vamos para a entrada da Gruta da Natividade, ao lado do altar da Igreja Ortodoxa.

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A Gruta da Natividade é uma caverna que fica por debaixo da igreja, o ponto principal da basílica.

Na entrada, um pequeno altar em homenagem à Maria e, um detalhe interessante: um quadro em que ela aparece sorrindo (o que é raro), segurando o Jesus Menino:

Descendo por uma pequena escada, finalmente chegamos ao local que é considerado o de nascimento de Cristo.

A entrada está sempre cheia, com fiéis de todo canto do mundo, literalmente.

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A Gruta da Natividade é, na verdade, uma caverna onde, há dois mil e poucos anos, José e Maria se abrigaram para que ela pudesse dar à luz.

Lá dentro, uma estrela de prata no chão, agora pavimentado em mármore, marca o lugar exato onde se acredita que Cristo tenha nascido.

Uma inscrição em Latim diz: “Aqui, da Virgem Maria nasceu Jesus Cristo – 1717”. 15 lâmpadas estão penduradas acima da estrela (seis pertencentes aos gregos, cinco dos armênios e quatro dos católicos).

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Logo ao lado da estrela encontra-se a Capela da Manjedoura, de propriedade dos católicos.

É o local onde Jesus Cristo foi colocado por seus pais. Assim como o local de nascimento, outro espaço em que as pessoas se amontoam para tocar e rezar, todos muito emocionados.

E, lá dentro, também tem homenagens aos Reis Magos, que mereceram um altar somente para eles. Como dito, foi a imagem dos Reis Magos na igreja que a salvou da destruição, durante a invasão persa…

Para sair, uma porta leva à parte da Igreja Armênia.

E, de lá, finalmente chegamos à parte Católica (chamada Igreja de Santa Catarina), que é uma construção mais moderna.

E é por ela que temos acesso à última parada da visita, que se dá na gruta em que São Jerônimo viveu e trabalhou, a partir de 384 d.C., e na qual foi sepultado. É uma outra caverna embaixo da Igreja da Natividade.

 

Esta é outra parte emocionante da visita.

Nesta mesma caverna encontra-se a Gruta dos Inocentes, em memória às crianças de até dois anos que foram assassinadas a mando do Rei Herodes, assim que soube do nascimento do Menino Jesus, na tentativa de executá-lo.

Ali termina a visita.

Neste mapa podemos ter uma ideia da basílica e do caminho percorrido:

1 – Entrada
3 – Nave principal
5 – À direita, entrada da Gruta da Natividade, pela parte Ortodoxa; à esquerda, saída, pela parte Armênia.
6 – Gruta da Natividade
7 – Igreja Católica de Santa Catarina

Vocês já foram? Confesso que eu me emocionei muito.

Igreja da Natividade – Informações úteis:

• Como chegar à Igreja da Natividade: Nós estávamos em grupo e fomos a Belém partindo de Jerusalém (Israel), em um passeio fechado só pra nós, em uma van e com um guia.

Como o controle da cidade é palestino, para entrar é preciso contratar um motorista que tenha autorização para transitar entre os dois territórios.

Para nós, foi o mais confortável e fácil, embora sejam apenas 20 minutos de uma cidade a outra (8km). Eu recomendo.

Mas, se você quiser ir por conta própria, partindo de Jerusalém, você deve pegar o ônibus 21, na rodoviária Árabe. Para aproveitar melhor a visita à basílica é interessante contratar um guia. No exterior da igreja sempre tem um monte oferecendo o serviço. Combine o valor anteriormente e deixe isso bem claro.

• Funcionamento: das 5h às 20h (no inverno até as 18h).
• Custo: gratuito

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Boa viagem!