Rota do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda na Grã-Bretanha

Você com certeza já deve ter ouvido falar do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Lenda? Realidade?

É difícil saber ao certo. Porém, os locais onde se acredita terem acontecido cenas da história existem e há quem diga que não tem como não sentir a energia mística do lugar.

Mas antes de seguirmos rumo à rota do Rei Arthur, primeiro precisamos entender quem é esse cara e como ele surgiu.

A Grã Bretanha é o cenário dessa história. Localizada a oeste do continente Europeu, é composta por Inglaterra, Escócia e País de Gales.

O histórico da Europa é marcado por muitas guerras entre povos e disputas por territórios. Com a Grã Bretanha não seria diferente; por muito tempo ela precisou se defender dos ataques dos saxões.

As lutas não eram só políticas, mas também religiosas (o que no fundo não deixa de ser a mesma coisa). A antiga religião celta, que cultuava a natureza e suas forças, estava perdendo espaço para o Cristianismo, que avançava cada vez mais, graças ao Império Romano em expansão.

O rei Arthur surge nesse cenário, por volta do século V d.C., como um líder que seria capaz de proteger a Bretanha (o que hoje é a Inglaterra) e unir o povo.

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Rei Arthur
Espada do Rei Arthur

Rei Arthur: mito ou realidade?

A figura do rei é envolta em misticismo desde seu nascimento, que foi previsto e planejado pelas Sacerdotisas da Ilha de Avalon. Essa ilha era onde ficavam as mulheres que serviam à Antiga Religião (como se fosse um convento, digamos).

O casamento de Arthur com Guinevere também teve como pano de fundo a tentativa de unir o povo e as religiões: um rei da Antiga Religião e uma rainha cristã. Justamente por isso é comum ouvirmos lendas do Santo Graal e Cavaleiros Templários ligadas ao Rei Arthur e ao Mago Merlin.

O livro “As Brumas de Avalon”, da autora Marion Zimmer Bradley, retrata muito bem a lenda do rei, contando a história de todos os personagens envolvidos, desde o contexto do nascimento do futuro rei até sua morte.

Agora, indo para a realidade, o autor responsável por popularizar o nome Arthur foi Geoffrey de Monmouth, com “As Crônicas da História dos Reis da Bretanha”. Resumindo, até hoje não existe prova da existência do rei Arthur e seus cavaleiros, porém, os indícios são tantos, que é muito possível que ele tenha realmente existido.

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A rota do Rei ArthurEstátua de Arthur próxima ao castelo de Tintagel

A rota do Rei Arthur

Neste post você confere onde fica o castelo do Rei Arthur e outros cenários da história, de acordo com as lendas e estudos arqueológicos. Então, se estiver de viagem marcada para Inglaterra ou País de Gales, que tal fazer um passeio diferente?! 😉

Castelo de Tintagel: nascimento do Rei Arthur

Arthur é filho de Igraine e Uther Pendragon e irmão da sacerdotisa Morgana – mas somente por parte de mãe, pois Igraine era casada antes com Gorlois, Duque da Cornualha.

Segundo descrições das lendas, Arthur nasceu em um penhasco nesta região e o local onde está o Castelo de Tintagel se encaixa perfeitamente, por ser uma elevação rochosa bem à beira do mar da Cornualha.

Porém, o Castelo do Rei Arthur não foi construído na mesma época onde se supõe que ele existiu. As ruínas em Tintagel são de um castelo que pertenceu a um conde muito rico, chamado Ricardo, que era um admirador da história e resolveu fazer a construção ali, justamente por acreditar ser essa a região verdadeira.

Rei Arthur

Caverna do Merlin

Situada na praia abaixo do Castelo de Tintagel encontra-se uma caverna envolta nas brumas. Dizem que era lá onde o mago e conselheiro do rei ficava.

A caverna do Merlin só é acessível na maré baixa, o que a torna um local que precisa ir com atenção (por mais místico que seja o passeio, você não vai querer ficar preso na caverna, certo?).

  • Como chegar: tem que descer uma escada próxima ao Castelo e caminhar por algumas pedras.

Távola Redonda

A famosa mesa onde Arthur e seus cavaleiros se reuniam pode não ter sido exatamente uma mesa. Relatos mais antigos da história indicam que a távola era na verdade um local de encontro para mais de mil pessoas, o qual Arthur usava como anfiteatro.

Se essa teoria for verdadeira, é neste local que também ficaria Camelot, o castelo e sede da corte do rei Arthur.

Arqueólogos encontraram uma plataforma circular datada entre 2000 e 1000 a. C. na região de Chester, onde tudo indica ter acontecido uma das principais batalhas do Rei Arthur.

Sendo assim, tudo leva a crer que a verdadeira Távola Redonda seja, na verdade, o Anfiteatro de Chester.

Távola Redonda do Rei Arthur

Avalon

A Ilha de Avalon era o local onde as sacerdotisas aprendiam os ensinamentos da Antiga Religião da Deusa e, segundo a lenda, Arthur foi levado para lá depois de ferido na sua última batalha.

O local associado à ilha de Avalon é a Colina do Tor, localizada em Somerset, na região da cidade de Glastonbury.

Antigamente, a região era rodeada por água, ou seja, era como uma ilha mesmo. De origem celta, a colina é considerada local de grande energia, assim como Stonehenge.

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Túmulo do Rei Arthur

A Abadia de Glastonbury ficou mais famosa no ano de 1191 quando os monges declararam terem encontrado lá os restos mortais do rei Arthur e da rainha Guinevere.

Porém, concluiu-se que a história foi, na verdade, uma tentativa de chamar atenção para revitalizar a região na época.

Apesar disso, a Abadia de Glastonbury é conhecida até hoje como “O túmulo do Rei Arthur”.

Rei Arthur

túmulo do rei arthur
Suposto túmulo do Rei Arthur

Great Hall em Winchester

Winchester foi a primeira capital da Inglaterra e a cidade mantém até hoje as características medievais.

A atração ligada ao castelo do rei Arthur fica no Great Hall, única parte restante do antigo Castelo de Winchester, datado do século XIII. É a famosa Távola Redonda.

Pera lá…não foi descoberto que a Távola Redonda era na verdade um anfiteatro?

Sim, os historiadores chegaram a essa conclusão recentemente, mas, até aí, a lenda da mesa redonda já tinha se estabelecido na cultura inglesa com tanta força que vários reis se inspiraram nela.

A Távola Redonda do Great Hall é um tampo de mesa de mais de 700 anos de idade e foi encomendado pelo rei Eduardo I, justamente para resgatar o poder simbólico que ela representa. A pintura final foi feita inclusive por Henrique VIII, em 1522, que mandou colocar uma rosa no centro da mesa, representando a família Tudor.

  • Como chegar: Castle Avenue s/n. Aberto diariamente, das 10h às 17 horas. A entrada é gratuita.

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O dito tampo da Távola Redonda está hoje pendurado na parede do Great Hall

Stonehenge

Um dos monumentos antigos mais conhecidos no mundo tem sua ligação com as lendas arthurianas.

Stonehenge é um círculo de pedra que, acredita-se, ter sido construído para observações astronômicas. Sua localização é Salisbury, no condado de Wiltshire, sul da Inglaterra.

A construção é envolta em mistérios e lendas, pois ainda não se provou como pedras daquele tamanho foram transportadas para lá. Os estudiosos divergem e há até teorias de ajuda extraterrestre e origem de civilizações perdidas, como Atlântida.

Confira => Excursão de 1 Dia a Windsor, Stonehenge e Oxford

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A associação com rei Arthur se deu pela narrativa do autor Geoffrey de Monmouth, que atribuiu o transporte das pedras ao mago Merlin. Por conta do misticismo em torno das pedras e da própria lenda do rei Arthur, a associação veio a calhar.

Sendo verdade ou não, o local foi muito utilizado pelo povo celta e, principalmente, os druidas, que eram os sacerdotes desse povo. Merlin era um druida, sendo assim, a visitação ao local é muito válida e não pode faltar na sua rota do rei Arthur.

  • Como chegar: vá de trem de Londres até a cidade de Salisbury. Ao chegar, você pega um ônibus na própria estação que leva até lá.
  • Leia também: Como chegar em Stonehenge

stonehengeJá estivemos lá duas vezes e voltaríamos de novo!

Excalibur

É a famosa espada na pedra. Segundo a lenda, quem tirasse Excalibur da rocha seria o novo rei da Bretanha.

Teoricamente, Arthur não poderia ser rei, pois foi concebido enquanto sua mãe ainda era casada com o antigo marido, o Duque da Cornualha. Sendo assim, Arthur era um filho bastardo.

Porém, destinado a ser rei, foi o único a conseguir o feito. A espada teria poderes mágicos, pois foi presente da Senhora do Lago, uma sacerdotisa da Deusa.

Mitchell Fold Stone Circle é mais um dos círculos de pedra encontrados na Inglaterra e foi construído na Idade do Bronze, mais de 3.000 anos atrás.

Originalmente composto de cerca de 30 pedras, somente 14 permanecem, com a pedra mais alta medindo cerca de 2 metros de altura.

Uma das lendas locais associa o círculo com o rei Arthur e afirma que a espada Excalibur foi tirada por ele de uma das pedras de Mitchell’s Fold.

  • Como chegar: o endereço é Stapeley Hill, White Grit, Priest Weston, Shropshire, Inglaterra, SY15 6DE.

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Camelot: o castelo do Rei Arthur

Outra teoria a respeito da existência do rei Arthur é a de que ele foi na verdade, o rei de Powys, onde hoje fica Shropshire e a região central do País de Gales.

Seu nome era Owain Ddanwyn e sua suposta fortaleza, ou seja, Camelot, seria na cidade romana de Virocônio. As ruínas podem ser visitadas em Wroxeter Roman City.

  • Endereço: Wroxeter Roman City, Shrewsbury, Shropshire, SY5 6PH.

rota do rei Arthur

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Pronto para entrar na história e fazer a rota do rei Arthur e seus Cavaleiros?

Boa viagem!

* Texto de Luciana Console

Fotos Shutterstock e arquivo pessoal

7 comentários em “Rota do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda na Grã-Bretanha”

  1. Epa. Eu já ouvi. Claro não sou historiadora, q Camelot ficaria na Bretanha França.
    Inclusive a rede Globo fez reportagem nesse contexto?????????

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    • Definitivamente não, Isabel. Até mesmo porque Arthur é uma personagem do Reino Unido, não França.

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  2. Esse é um tema muito caro pra mim tb. Parabens pela abordagem e dicas.
    Ouvi falar sobre uma abordagem semelhante…mas pela França. Vcs conhecem algo?!?!
    Grato

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  3. Parabéns pelo conteúdo e incentivo cultural!
    Atrair pessoas para roteiros de viagem requer mais que atendimento personalizado e competência. Admirável, aliar incentivo cultural e informações interessantes!

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      • Sou leitora habitual e curiosa dos temas relacionados ao Rei Arthur pois ele me soa como a síntese de um tempo rico em conhecimento, valores, lutas; enfim, de um tempo distante, cativante e contraditoriamente atual. Muito agradecida por trazer de forma clara, simples e objetiva um pouco da História dessa região, de suas crenças e valores, bem como desses heróis e heroínas tão humanos que não podem se perder de nossas memórias.

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