Roteiro Alter do Chão – 7 dias no paraíso amazônico

Como será um roteiro de viagem por Alter do Chão? Nós fizemos essa viagem e agora vamos contar tudo pra você!

Quem leu o nosso post O que fazer em Alter do Chão pode ter se perguntado: com tantas coisas para fazer, como organizar um Roteiro Alter do Chão?

Pois é isso o que falaremos aqui, como foi o nosso roteiro em Alter do Chão.

Fizemos um passeio de 7 dias pela região, cada dia participando de experiências diferentes.

Vamos contar tudo como foi, com todos os detalhes.

Quer saber como foi o nosso roteiro de 7 dias em Alter do Chão?

Vem comigo!

Claro que viajamos tranquilos com um ótimo Seguro Viagem Nacional!

roteiro alter do chão
Descida para uma praia de rio em Alter do Chão

Roteiro Alter do Chão

O Caribe Amazônico. É como a vila de Alter do Chão, localizada no Pará, chegou até mim anos atrás, quando ouvi falar desse destino brasileiro.

E não é que tirei a prova?

Aproveitando um fim de férias em Manaus, no Amazonas, decidi usar a localização geográfica e unir outro destino da região norte do Brasil.

A escolha foi Alter do Chão, claro! E aqui você vai acompanhar como foi minha experiência de viajar sozinha pela pequena vila paraense.

Eu fui no início de agosto, período em que começa a seca na região e as águas do Rio Tapajós começam a baixar, formando as praias de areia branca que fazem de Alter do Chão ser associada ao Caribe.

Veja agora o dia a dia do nosso roteiro Alter do Chão e viaje comigo.

Dia 0 – Chegada à noite via Manaus

Como eu já estaria em Manaus, organizei minha viagem optando por comprar uma passagem de avião de Manaus para Santarém, a cidade mais próxima de Alter do Chão.

Esse trajeto também é possível de ser feito por barco, transporte muito utilizado pelos moradores locais. São aqueles barcos onde os passageiros dormem na rede, já que a viagem dura mais de um dia… mas essa aventura à parte ficará para a próxima.

Existem voos diários de Manaus para Santarém pela companhia aérea Azul, então comprei uma passagem para o período da noite, que faria eu chegar em Santarém por volta das 23 horas.

O aeroporto de Santarém é bem pequeno e o desembarque acontece na pista mesmo. Devido ao horário, eu preferi deixar o transfer já contratado com alguém de confiança, que no caso, foi o pessoal do próprio hostel. Não quis arriscar ficar procurando transporte sozinha à noite em um lugar desconhecido.

Quando desembarquei, o Sandro (transfer) já estava esperando por mim com uma plaquinha com meu nome logo no desembarque. O trajeto até a vila foi muito rápido (para padrões São Paulo rsrs), acho que por volta de meia hora.

O Sandro é filho da dona do hostel que fiquei, a Sandra (sim, segundo ele, a família tem “muita criatividade”, eu ri), então me deu a chave do quarto compartilhado que eu ia ficar e os lençóis, pois a recepção já estava fechada.

O valor foi R$140 e poderia ter sido dividido com outras pessoas. Mas, de forma geral, o valor dos transfers e táxis (os motoristas ficam na porta do aeroporto oferecendo o serviço) são tabelados e ficam entre R$120 e R$140 mesmo.

Aplicativos como Uber e 99 funcionam, mas é arriscado depender deles pois é comum não haver carros disponíveis. Além disso, há também o aplicativo local chamado Urbano Norte, mas que eu não consegui baixar no meu celular.

Para quem quiser economizar mais ainda no seu Roteiro Alter do Chão, durante o dia é possível fazer o trajeto de Santarém para lá de ônibus local.

São dois, um que leva até o shopping da cidade de Santarém e, de lá, outro que leva até a vila.

Veja que legal => De Manaus a Santarém: Balsa de 36 Horas pela Amazônia

onde ficar em Alter do Chão
O hostel em que fiquei – Procure aqui o seu hostel em Alter do Chão

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1º dia: Reconhecimento de área – a vila de Alter do Chão

Como eu ia ficar um tempo razoável em meu Roteiro Alter do Chão, decidi tirar o primeiro dia para conhecer o que a região tinha para oferecer e cotar os passeios, afinal, eu estava sozinha e precisaria ser encaixada em grupos já formados.

Acordei, oficializei na recepção a minha entrada no hostel com a Bia, filha da Sandra, tomei café da manhã e saí para andar. Fui pela rua do píer, já observando os barquinhos e a tão famosa Ilha do Amor logo em frente.

Nesse momento, fui abordada por alguns barqueiros querendo vender passeios. Se você não tiver pressa, como eu, a dica é pegar as informações, mas não fechar nada. Entenda primeiro o que você quer, os valores, etc. Pegue os contatos dos barqueiros.

Mais tarde fui procurar um lugar para comer, mas tive um pouco de dificuldade. Era uma terça-feira à tarde e percebi que muitos dos restaurantes abrem só à noite, quando os turistas voltam dos passeios.

Porém, cometi um erro: deixei a fome avançar e isso começou a me irritar, o que me impediu de buscar opções pelas ruazinhas para além da praça principal. Acabei comprando frutas e iogurte no mercado ali da praça mesmo, o Mini Center Mingote (um verdão, ao lado da igreja, sem erro de achar).

Depois, com novas andanças em outros dias, descobri a opção “Cantinho da Vovô”, que serve prato feito por R$ 20 reais, o mais barato da região! Além dele, tem também o Restaurante Tribal e o vegetariano Síria.

Alter é bastante quente, e olha que eu nem fui em pleno verão! Então, muitas vezes eu ia descansar na rede do hostel, que ficava embaixo de um teto de palha. Eu amei ter escolhido esse hostel por esse cantinho no jardim, o lugar se chama Pousada Hostel dos Tapajós e a dona é a Sandra.

Nesse momento de descanso, aproveitei pra fechar pelo WhatsApp o passeio do dia seguinte com um dos barqueiros que havia conversado.

De noite, pude ver Alter um pouco mais viva, com a praça principal cheia de gente, barraquinhas de comida típica e os bares e restaurantes ali abertos.

Finalizei a noite jantando no “Mãe Natureza”, ali na praça mesmo, e pedi uma porção de bolinho de Piracuí, peixe típico da região, por R$ 35 reais. Pra mim foi o suficiente e estava muito saboroso.

Procure aqui o seu Hostel em Alter do Chão

comida amazônica
Aproveite para conhecer as delícias da gastronomia amazônica, como esses bolinhos de Piracuí!

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2º dia: Floresta Nacional do Tapajós – trilha e igarapé cristalino

Acordei, tomei café, calcei minhas botinhas de trilha e fui até o píer encontrar o barqueiro e o resto do grupo no qual fui encaixada no dia anterior.

A FLONA – Floresta Nacional do Tapajós é um dos passeios famosos em um Roteiro Alter do Chão e também um dos mais “pesados”, pois são cerca de 8 km de trilha dentro da mata. Por isso tem que ir de tênis mesmo!

Nesse momento do encontro, o barqueiro que ia nos levar nos passou para outro barqueiro (isso é bem comum, eles se rearranjam nos passeios) e partimos eu, duas mulheres mais velhas, um casal jovem e um cachorro! Sim, o cãozinho era do moço, um DJ de São Paulo que mora em Alter há dois anos.

Os passeios são geralmente feitos em uma pequena lancha que pode acomodar de 8 a 12 pessoas. Nesse caso, fomos em uma de 8 lugares e o trajeto via rio até a comunidade base do FLONA foi longo, mais de uma hora na lanchinha rápida.

Ao chegar na comunidade Jamaraquá, é obrigatório contratar um guia local pelo valor de R$ 200, que é dividido pelo grupo (estávamos em 5).

  • Dica: Isso é um ponto a comentar em Alter do Chão, os passeios nunca são somente o valor do barqueiro, sempre vai ter algo a mais quando chegar no lugar, seja o almoço, o guia, etc. Nesse caso, o almoço na comunidade era R$ 50 e tem que deixar já agendado no restaurante antes de iniciar a trilha.

Caso não queira, não é obrigado, claro, mas acredite, você vai querer o almoço, até porque é a única opção ali, a menos que você leve seu lanche. Mas as pessoas voltam famintas da trilha e a comida é realmente muito saborosa, então vale a pena!

  • Dica: Procure levar dinheiro sempre nos passeios, pois nem sempre as comunidades vão aceitar cartão. O Pix foi bem aceito em todos os lugares que eu fui, mas aí eu dependia de conectar no Wi-Fi dos estabelecimentos e eu, particularmente, acho inseguro acessar banco sem ser no 3G.

Fizemos a Trilha do Piquiá, que se inicia em uma floresta secundária, que é quando já houve um reflorestamento no local. Depois, adentramos na floresta primária, essa sim, intocada pelo homem. É nela que começam a aparecer as árvores centenárias enormes, lindas!

Ao longo do caminho, o guia explicou que quando os nativos vão caçar na mata, eles usam a direção das nuvens como bússola, pois elas sempre correm em direção ao rio.

Vimos seringueiras, Piquiás e a grande Samaúma gigante… É preciso um grupo de pessoas pra dar volta no tronco dela de tão grande.

flona tapajós Alter do Chão
As incríveis árvores da FLONA do Tapajós

A energia dessa trilha é incrível e ela não é de nível difícil, mas pode cansar os sedentários por conta da umidade, do calor e de algumas partes de sobe e desce.

O igarapé no meio da floresta é outro ponto alto do FLONA. Imagina um riacho de leve correnteza com água transparente azulada? É isso!

Na volta da trilha, almoço devorado, claro, muito bem servido. Optamos pelo peixe tambaqui, mas pode-se escolher pirarucu também. Vem com arroz, feijão, farofa e saladinha.

A comunidade tem também uma loja de artesanato cheia de colares, brincos e objetos feitos com o látex das seringueiras da região.

  • Outra dica importante: A volta da lanchinha foi um pouco complicada, então embrulhe o celular e a carteira em um saco plástico. O vento não estava favorável e a gente se encharcou. Altas ondas que faziam a lanchinha sacolejar o tempo todo, vários impactos e nada seco… rsrs.

Terminei o dia na sorveteria artesanal Boto Gelato, aliás, sorveteria essa que virei fã e fui TODOS OS DIAS em que fiquei em Alter. Vale a pena, são sorvetes artesanais de sabores típicos da região como Cumaru, Jambo, Cupuaçu, Cacau (a polpa, não o chocolate), etc.

Imperdível! => Ecoturismo floresta nacional Flona Jamaraqua Tapajós

alter do chão Pará
Sorvete com sabores regionais, tudo de bom!

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3º dia: Rio Arapiuns – praias e comunidade Coroca

O terceiro dia do Roteiro Alter do Chão seria preenchido pelo passeio pelo rio Arapiuns, que eu consegui arranjar na noite anterior por volta das 22h.

Praticamente fiz isso ao longo da minha estadia em Alter, pois eu havia pego contato de WhatsApp de vários barqueiros, então eu ficava mandando mensagem diariamente e vendo o que tinha disponível.

Desta vez falei com o Naldo, barqueiro que recomendo muito, apesar de não ter conseguido fazer passeio com ele diretamente. Porém, fiz com o filho dele, o Arnon, e outros colegas dele, mas sempre em contato com Naldo. Eles fazem parte da ATUFA (Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão) e senti um melhor atendimento dos membros dessa associação.

O Arapiuns é um dos rios nas proximidades de Alter que proporciona praias de areia branquinha no período da seca. Consegui ver praias lindas mesmo não sendo o ápice do período, então recomendo o passeio!

Além das praias que a lanchinha para no caminho, há uma visitação à comunidade Coroca, onde existe um projeto de proteção às tartarugas. Dá pra fazer a visitação, alimentar as bichinhas e também ver os filhotinhos!

tartarugas amazônicas
A criação de tartaruga da comunidade Coroca

Além disso, há um passeio pelo meliponário (criação de abelhas nativas, sem ferrão) e a visita a uma loja de artesanato que, acredite, vai te encantar.

Eu demorei um século pra decidir o que eu ia comprar, pois as peças eram lindíssimas, feitas com palha da região e tingidas de forma natural. Esse passeio é pago à parte e fica no valor de R$ 30 reais. O artesanato achei muito barato, com cestinhas pequenas saindo por R$ 20.

O almoço foi R$ 40, muito bem servido e super saboroso. Desta vez escolhemos os peixes Tambaqui e Surubim.

Nesse passeio, fiz amizades que continuaram pelos próximos dias, duas cariocas viajando sozinhas e um casal de mulheres de Brasília. Na volta, passamos na feirinha da praça e comemos pastel com cerveja. Detalhe para o pastel local de Piracuí com banana, muito bom!

Mais tarde, essa mulherada toda se juntou à noite pra ir no famoso Carimbó. Ele acontece toda quinta em um palquinho no final da rua do píer, próximo da praça principal. A música é escutada de longe, não tem como errar!

A apresentação começa às 21: 30h e é lindo demais! Música ao vivo e as mulheres com as saias compridas floridas dançando no chão em frente ao palco, que fica ali na rua mesmo.

Essa apresentação acontece toda quinta-feira nesse mesmo local e é uma oportunidade única de ver de pertinho a representação da cultura local de Alter do Chão, não perca o Carimbó!

Oportunidade => Alter do Chão: Rio Arapiuns e passeio de barco pela vila de Urucureá

Carimbó dança típica
Que tal ver e aprender a dançar o Carimbó?

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4º dia: Descanso na Ilha do Amor e susto com cartão de crédito

Depois de dois dias de passeios em meu Roteiro Alter do Chão, decidi me juntar às meninas e passar o dia tranquila na Ilha do Amor. Diferente do ápice da seca, onde a areia da Ilha se estende quase até a vila e é possível atravessar o rio a pé, nessa época do ano que fui só dá pra atravessar com barco.

Aí você tem duas opções, a lancha motorizada, que custa R$20 a travessia, ou o barquinho a remo, que custa R$10. Ambas as opções podem ser divididas com outros passageiros.

No meu caso, atravessei sempre de barquinho a remo e ainda ficava lá no píer esperando chegar mais gente. Ou seja, paguei R$ 5 todas as vezes. Na volta é a mesma coisa e os barqueiros ficam na Ilha até por volta das 19h.

Encontrei as meninas já na água e ficamos lá a tarde toda. Paramos para almoçar em um dos quiosques da Ilha, onde pedimos um prato de tambaqui que deu pra dividir entre as 5.

O prato era R$ 100 e com as bebidas a divisão saiu R$ 22 para mim, o que achei ótimo.

De noite, iríamos à uma apresentação de chorinho no bar da Glória. Mas resolvi sair antes para comer algo no Portinha do Caranguejo, literalmente uma portinha meio escondida (próximo ao restaurante Ty Comedoria) que serve risotos por R$ 32 reais. Porém, eu só pedi uma esfiha de pato com jambu, que estava bem boa, e paguei no Pix pelo celular.

O susto!

Quando saí do restaurante, recebi um SMS de compra via aproximação recusada no cartão de crédito. Coloquei a mão no bolso e constatei que meu cartão não estava lá (eu havia saído sem bolsa) e gelei!

Na hora, entrei na minha conta do banco pelo celular, bloqueei o cartão e fui correndo até a loja indicada onde havia acontecido a recusa: o mercado Mini Center Mingote.

No desespero, eu estava com a esperança de ver a pessoa com meu cartão para, “gentilmente” intimá-la a me devolver, afinal… eu estava usando muito esse cartão, fazia parte da minha organização financeira e perdê-lo ia bagunçar minha viagem.

De qualquer forma, Alter do Chão funciona muito bem com o Pix, além do dinheiro em espécie.

Só tem um caixa eletrônico 24 horas, que fica no mercado, então não quis arriscar depender de sacar dinheiro dele. Não é todo lugar que aceita cartão e alguns cobram as taxas, então o Pix foi uma ferramenta que utilizei muito. Mas quando o lugar passava cartão de crédito e Pix pelo mesmo valor, eu optava pelo cartão.

Chegando ao mercado, o moço do caixa me informou que um rapaz havia tentado fazer uma compra, há pouco, e que foi recusada. Mas ele já tinha ido e não tinha mais o que pudesse ser feito, somente agradecer ao universo por ele não ter conseguido fazer NENHUMA COMPRA com meu cartão. Enfim, foi só pra servir de lição mesmo pra não andar com cartão solto no bolso do shorts rsrs.

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Depois do susto, encontrei as meninas e fomos para o chorinho. A entrada é R$ 10 e o lugar tem mesas e cadeiras de plástico em frente a um palquinho. A banda é muito boa e o público era de maioria terceira idade, então não é um passeio para qualquer pessoa, tem que gostar do estilo da música mesmo. Achei interessante por ser um rolê famoso por lá.

Mas, depois, claro que fomos no Espaço Alter do Chão, que fica próximo ao palco onde teve o Carimbó, onde teria uma baladinha com discotecagem, por R$ 5.

O espaço é muito bacana, todo de madeira, com mesas no andar superior, luzes e plantas para todo lado e uma pista de dança com chão de areia. Apesar da discotecagem boa e da gente ter se esbaldado na pista, o rolê estava meio vazio e fomos embora assim que bateu o cansaço (a uma da manhã).

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A beleza da Ilha do Amor em Alter do Chão

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5º dia: Pôr do sol na praia do CAT

Eu ainda tinha tempo, então decidi passar o dia com as meninas novamente, já que era o último dia de todas elas e eu ainda ia ficar mais tempo.

Almoçamos no Restaurante Tribal, um lugar todo de madeira e decoração indígena, incluindo um sofá cama de canoa que amei, no andar de cima! Redes e balanços de madeira, além de um espacinho para shows compõem o ambiente. Pedi um prato individual desta vez, na faixa dos R$ 35 reais.

Esperamos o sol do meio dia dar uma trégua e fomos até a praia do CAT esperar o pôr do sol, que diziam ser incrível.

De fato, a praia do CAT é acessada após o cruzamento de uma ponte de madeira, que finaliza em um píer. O sol se põe bem ali em frente ao píer, então o visual é lindo mesmo.

Como era sábado, estava um pouco cheio e uma coisa muito comum era as pessoas estarem com suas caixinhas de som em volume bem alto, o que me incomoda um pouco pois gosto de curtir a natureza.

Depois de assistir ao pôr do sol, fomos comer uma pizza mais tarde, no Sabor Alter. A pizza é boa e com preço bom, mas me lembrou muito a Pizza Hut, então fica a dica para quem for comer neste local.

Após a triste despedida das meninas, dei um pulinho no Maniva, Bar & Co, um bar aberto super agradável, onde estava rolando música ao vivo (Carimbó!). O bar oferece petiscos e drinks que deram água na boca, mas eu estava no modo economia então só fiquei curtindo a música mesmo ali da rua.

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O Pôr do Sol no CAT de Alter do Chão

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6º dia: Canal do Jari e as vitórias régias comestíveis

Apesar de ter ficado dois dias na vila direto, eu mantive contato com os barqueiros nesse meio tempo, sondando as possibilidades. Foi assim que consegui combinar o Canal do Jari para domingo, com indicações do barqueiro Naldo.

Por fim, ele me direcionou para o Thiago, outro membro da ATUFA, e parti com ele e um grupo no domingo às 09h. O valor que ele me fez foi de R$ 170.

Nossa ida para o Canal foi braba, com muitas ondas e água na cara. Percebi que algumas pessoas do grupo ficaram receosas e colocaram os coletes, mas deu tudo certo. Thiago ainda acabou nos dando um passeio de presente pra compensar o perrengue: a canoagem na Trilha da Preguiça, que custa R$ 30 por pessoa.

Ou seja, fizemos de graça!

Nessa parada, a lanchinha atraca em uma casa de palafita já na região do Canal do Jari onde funciona uma lojinha de artesanato. Ali mesmo, os moradores locais disponibilizam o passeio nas canoas pelos Igapós onde conseguimos ver bicho preguiça, pássaros diversos e até sucuri na árvore!

Voltamos para a lancha e seguimos para as vitórias régias e o momento tão esperado: provar as iguarias produzidas por Dulce, a famosa cozinheira que fez da vitória-régia o produto primário de diversas receitas.

O valor para fazer a degustação é R$ 30 e eles aceitam Pix também, além do dinheiro. A Dulce  é uma figura à parte. Simpática, faladeira, atenciosa e com astral lá em cima! Ela traz uma bandeja com as iguarias onde foi possível provar tempurá, rabanada, brownie, geleia, chips, quiche e picles… tudo de vitória régia.

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As maravilhosas Vitórias-Régias no Canal do Jari

É impressionante como dá pra fazer tanta coisa com essa planta. E ela ainda vende algumas coisinhas lá, mas você também encontra no mercado em Alter.

Mais um pouco de navegação e paramos no restaurante Casa do Saulo para almoçar (que também dá pra chegar por terra, de carro). Você pode usar esse tempo pra ficar na prainha ali, caso não queira desembolsar uma grana no restaurante.

É realmente um restaurante bom, com uma infra estrutura belíssima, acima do rio, música ao vivo e um cardápio de dar água na boca! Então vale a pena a experiência. Aliás, um Roteiro Alter do Chão tem que ter várias experiências gastronômicas!

Pedimos um risoto de camarão com jambu e uma entrada chamada Mix Tapajônico. Estávamos em 4 pessoas (minhas amizades do momento, um casal e uma moça) e conseguimos dividir tudo. Juntando tudo, com bebidas e sobremesa, minha conta deu R$ 110. No momento, não estavam aceitando Pix, mas cartões funcionavam normalmente.

Eu sou uma pessoa que ama experimentar sucos de frutas locais, mas detalhe que neste dia minha escolha não foi das melhores. Pedi suco de murici e confesso que não gostei nada, nem consegui tomar. É um sabor realmente peculiar, forte, meio amargo, azedo, então fica a dica.

O passeio terminou com uma parada da lancha na Ponta do Cururu para ver o pôr do sol. Mais um pôr do sol belíssimo em Alter do Chão…não tem um lugar nesta vila onde o pôr do sol vai ser ruim, é impressionante.

roteiro alter do chão
Petiscos de vitória-régia – me surpreendi com tudo o que pode ser feito com essa planta

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7º dia: Trilha Serra da Piroca

Meu Roteiro Alter do Chão estava acabando e eu iria embora na terça pela manhã, então tirei a segunda-feira para curtir os últimos momentos sozinha mesmo, arrumar as coisas e ajeitar o transporte para Santarém.

Após almoçar no Cantinho da Vovó, um ambiente simples, mas bem gostosinho com pratos feitos por R$ 20, passei a tarde na Ilha do Amor, onde decidi (minha última chance) fazer a trilha da Serra da Piroca, que te leva a um mirante com vista 360º da região.

Sim, gente, o nome é esse(!), apesar de em muitos lugares também estar escrito “Pira-oca”, a maior parte das placas era Piroca mesmo.

Eu estava com leve receio de ir sozinha, mas todo mundo com quem eu conversava (viajantes, barqueiros, etc) diziam que era tranquilo, então fui. E é tranquilo mesmo.

Dica: Vá de manhã ou no final de tarde. Não faça essa trilha com o sol forte, é muito quente, não tem água no caminho e lá em cima a sombra é praticamente nula.

Só a parte da subida mesmo que pega, não só pelo esforço de ser uma subida mas também por ter o chão mais acidentado e íngreme, exigindo o apoio das mãos muitas vezes. Não recomendo para quem tem questões de mobilidade ou problemas nos joelhos.

Lá em cima há dois pontos de observação, um onde fica uma cruz de ferro, que tem até banquinho, e um outro ponto além da cruz que, a meu ver, proporciona uma vista melhor (e geralmente está mais vazio pois as pessoas param no primeiro ponto).

serra da piroca
A trilha para a Serra da Piroca é bem fácil, mas com alguns momentos de pequena subida

Dizem que o pôr do sol lá de cima é lindo, mas eu não estava com muita vontade de descer a trilha ao escurecer e preferi ver meu último pôr do sol com os pezinhos nas águas do Rio Tapajós e assim o fiz.

Foi uma despedida e tanto!

De noite, jantei no Ty Comedoria que, apesar de não ser um dos restaurantes mais baratos (um prato individual sai à partir de R$60), valeu a pena pelos pratos com ingredientes amazônicos (peixe, castanha, mel, banana, jambu, etc.) e pela estrutura do ambiente, todo decorado no estilo praia e com direito à banda de forró.

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Volta para Santarém

Terminou meu Roteiro Alter do Chão.

Inicialmente, eu queria tentar ir embora de ônibus, não só por ser a opção mais barata, mas para ter essa experiência local também. Porém, acabei desistindo por algumas razões.

O ônibus de Alter do Chão para Santarém sai do terminal rodoviário de meia em meia hora (algumas pessoas me falaram que era a cada 40 min), mas eu não encontrei uma tabela confiável.

Ou seja, para garantir e não perder o voo, eu teria que sair muito cedo de Alter e ficar esperando embaixo de um sol forte, com mochila nas costas. Lá em Santarém, eu ainda teria que descer próximo ao shopping e esperar outro ônibus.

Ansiosa que sou, fiquei receosa e acabei optando por dividir um transfer com outros hóspedes do hostel, o que foi ótimo também, pois ao invés de pagar R$ 130 sozinha, paguei menos de R$ 40.

Essa dica do ônibus eu acho que é muito válida para quem não tem preocupação com horários. Em uma próxima vez, com certeza gostaria de tentar.

E assim terminou minha semana em Alter do Chão! Deixando com um gostinho de quero mais e me mostrando uma parte incrível do nosso país que eu não conhecia.

Conheçam o Brasil!

roteiro Alter do Chão
As águas das praias de rio em Alter do Chão, que deixarão saudades….

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Resumo do meu Roteiro Alter do Chão

Atividades que fiz no meu Roteiro Alter do Chão

1º dia:

  • Vila de Alter do Chão

2º dia:

  • Passeios pela FLONA – Floresta Nacional do Tapajós
    • Trilha do Piquiá, com árvores centenárias
    • Comunidade Jamaraquá e loja de artesanato

3º dia:

  • Passeio pelo rio Arapiuns
    • Praias de rio
    • Comunidade Coroca e visitação às tartarugas
    • Passeio pelo meliponário (criação de abelhas nativas, sem ferrão)
    • Loja de artesanato
  • Assistir ao Carimbó, na vila de Alter do Chão

4º dia:

  • Dia na Ilha do Amor.
  • Apresentação de chorinho no bar da Glória.

5º dia:

  • Praia do CAT até o pôr do sol

6º dia:

  • Passeio pelo Canal do Jari
  • Canoagem na Trilha da Preguiça
    • Lojinha de artesanato
    • Passeio de canoa pelos Igapós
  • Visita às vitórias régias
  • Pôr do sol na Ponta do Cururu

7º dia:

  • Mirante da Serra da Piroca

o que fazer em Alter do Chão

Onde comi em alter do Chão e outros

  • Mercado Mini Center Mingote
  • Cantinho da Vovô
  • Restaurante Tribal
  • Vegetariano Síria
  • Mãe Natureza
  • Restaurante Casa do Saulo
  • Sorveteria artesanal Boto Gelato
  • Quiosques da Ilha do Amor
  • Portinha do Caranguejo
  • Espaço Alter do Chão
  • Restaurante Tribal
  • Sabor Alter
  • Maniva, Bar & Co
  • Cantinho da Vovó
  • Ty Comedoria

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Resumo de dúvidas sobre Alter do Chão

Quantos dias devo colocar em meu Roteiro Alter do Chão?

Existe muito o que fazer em Alter do Chão, então, se você quiser ter uma boa ideia de tudo, o ideal é ficar ao menos 4 dias. Eu, por exemplo, fiz um roteiro de 7 dias em Alter do Chão.

Quanto se gasta com comida em Alter do Chão?

Nos restaurantes que comi, gastei em média de 20 a 60 reais em pratos individuais bem servidos.

O que fazer em Alter do Chão?

Fizemos um post aqui no blog exclusivo com todas as experiências para se fazer em Alter do Chão.

1 comentário em “Roteiro Alter do Chão – 7 dias no paraíso amazônico”

  1. Sou suspeita pra falar desse lugar. Sou simplesmente apaixonada pela minha região do Baixo Amazonas. Suas praias, suas músicas, sua cultura. Fico feliz quando vejo as pessoas indo para a região e se encantam com o que temos. Precisava ter conhecido outras praias que são igualmente lindas como Alter do Chão.

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