Como nós já contamos aqui, fomos convidados pela Comissão Europeia de Turismo (ETC) para participar do The Visit Europe Blogger Experience, fazendo um roteiro de 5 dias explorando a trilha Huguenote e Waldensian, na Alemanha e na Suíça.
Os protestantes franceses, na segunda metade do século XVI, eram conhecidos como Huguenotes.
Durante o reinado de Luís XIV, com as guerras religiosas na França e as perseguições contra os protestantes, cerca de 300.000 fugiram do país.
Os Waldesians (Valdenses), por sua vez, têm a mesma característica de serem um grupo religioso perseguido. Receberam esse nome por serem os seguidores de Peter Waldo, um rico comerciante de Lyon, França, que por volta de 1173 doou todas as suas propriedades e iniciou a pregação da pobreza como o caminho da perfeição, o que imediatamente entrou em conflito com a Igreja Católica.
Por volta de 1215, foram excomungados, declarados hereges e perseguidos. Quase aniquilados, também fugiram da França e se juntaram ao protestantismo.
Ambos os grupos foram para diversos países, dentre eles a Alemanha e a Suíça. E foi para conhecer um pouco dessa história, ao vivo, assim como as marcas que eles deixaram e ainda deixam na região, que embarcamos nessa viagem.
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Agora vou contar para vocês tudo o que fizemos neste roteiro de 5 dias na Alemanha e Suíça. Quem sabe vocês se animam e percorrem o mesmo caminho?
Preparados?
Roteiro de 5 dias na Alemanha e Suíça
Primeiro dia
No primeiro dia, percorremos 3 cidades em busca da herança religiosa que hoje se encontra na Alemanha: Oberderdingen, Knittlingen e Maulbronn.
Em Oberderdingen fomos recepcionados pelo setor de turismo da cidade, que nos contou tudo o que podemos encontrar por lá. Foi uma grata surpresa saber que é uma região grande produtora de vinhos, com centenas de hectares plantados com vinhedos. Tivemos a oportunidade de provar alguns vinhos e comprovar a excelência da produção.
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Ainda na cidade, no distrito de Grossvillar, visitamos também uma igreja e um pequeno museu dedicado à memória dos Waldesians. A igreja é pequena, simples, sem imagens e com uma decoração que – veríamos depois – é praticamente a mesma das outras, bem singela.
O museu – assim como os outros – é interessante porque é uma casa reformada pelos próprios moradores, com objetos e textos contando a história desse povo. É bem pequeno e aconchegante, feito mesmo para que a memória não se apague.
Dali seguimos com a nossa van para Knittlingen, a linda cidade de Fausto, onde visitamos o museu dedicado a sua obra, situado na casa onde ele nasceu. A dedicação à perpetuação da História é bem presente. Aproveitamos e também passeamos um pouco pela cidade, admirando suas antigas construções e a igreja.
Terminamos nossa jornada do primeiro dia no fantástico Mosteiro de Maubronn. Tivemos uma visita guiada bem detalhada por diversas dependências do prédio principal.
A propriedade do monastério contém, na verdade, um grande conjunto de prédios com diversas finalidades em volta do prédio principal, além de áreas verdes com plantações e até um lago nos arredores.
Ao fim do dia, com a viagem apenas começando, percebo que há inúmeras atrações espalhadas pelas diversas pequenas cidades que serviram de abrigo aos refugiados Waldesians e Huguenotes. Uma verdadeira aula de História ao ar livre! Talvez um roteiro de 5 dias na Alemanha e Suíça seja até pouco! 🙂
Passamos a noite no Hotel Klosterpost, que fica praticamente ao lado do Monastério. O edifício do hotel foi uma casa de hóspedes para os monges, mas desde o século XIX é um hotel. As instalações são simples, mas bem confortáveis, e tem café da manhã. Eu recomendo, especialmente para quem quiser explorar bem o monastério.
Segundo dia
Depois do café da manhã, saímos de Maulbronn em direção a Ötisheim, onde iniciamos o dia visitando o Waldesian Museum, que fica na Casa de Henri Arnaud (Henri Arnaud Haus), um militar francês e protestante, líder dos Waldesians.
A casa é maravilhosa, enorme, e fica em frente a uma igreja que também foi construída pelos Waldesians. Ela estava em obras de restauração, mas pudemos visitar por dentro e conhecer um pouco mais da luta deles. O museu conta também com uma biblioteca com mais de 6 mil títulos dedicados ao tema, alguns livros bem antigos.
Por trás da casa existe um pequeno cemitério cujas lápides contêm nomes de origem francesa, demonstrando a origem dos antigos refugiados religiosos que ali se instalaram.
Um detalhe na estátua do Henri Arnaud, apontado por nosso guia, é que ele traz uma mão na espada e com a outra segura uma bíblia.
Quanta História trazem estes livros…?
Saindo do museu, nosso próximo destino foi a cidade de Mühlacker, para conhecer e passear pelo lindíssimo Gartenschau Enzgärten. É um enorme parque urbano, cheio de atrações para toda a família: áreas de descanso, recreação para a criançada, lago, trilhas, restaurantes, muitas brincadeiras e jardins superfloridos. Estava cheio, com todo mundo querendo aproveitar o calorzinho!!
Pegamos a nossa van e fomos em direção à cidade de Pinache, onde almoçamos no restaurante Zur Kelter, muito bom.
Ele fica bem atrás da igreja da cidade, a qual conhecemos, onde fomos recepcionados por uma senhorinha em trajes típicos dos Waldesians, muito interessante.
Logo depois da igreja, visitamos o museu que fica ao lado, onde pudemos conhecer um pouco mais da história de Pinache e de seus habitantes.
E ainda ganhamos um maravilhoso café com bolo no jardim! Sentimo-nos como há mais de um século, imersos em uma verdadeira aula de História ao vivo!
Depois fomos ao Gasometer, em Pforzheim. Trata-se de um enorme tanque que antigamente servia para armazenar gás. Hoje desativado, foi transformado em um centro cultural, com exposições. Estava em exposição um trabalho belíssimo de um artista que faz fotografias de cidades, transforma-as através do computador e monta painéis imensos; nesse caso, por dentro do gasômetro.
Como esse enorme tanque é redondo, nós temos uma visão de 360º do seu trabalho, por dentro do tanque, em uma plataforma que nos leva quase até o topo.
O artista fez um trabalho sobre a cidade de Roma, com pessoas vestindo trajes de época. Adicionando a isso a iluminação e a música ambiente, nós ficamos envoltos por uma atmosfera de puro encantamento. Foi fantástico! Essa exposição ficou no local durante um ano, depois houve mudança do tema.
É uma pena que as fotos não expressem as sensações que tivemos, mas vamos tentar mostrar:
Por fim, ainda fizemos um city tour por Pforzheim, conhecendo uma parte dessa bela cidade, passeando pelo centro antigo, vendo as igrejas e conhecendo um pouco de sua história.
No fim do dia, paramos para jantar em um restaurante que produz a própria cerveja – algo muito comum na Alemanha, pelo que eu vi. É o Hopfen Sshlingel. Eu – para quem não sabe – tenho uma coleção de copos de cerveja. Fiquei doido quando vi o copo deles, tão bonito! E adivinhem: ganhei um de presente da senhora que estava nos atendendo!! Adorei!
Essa noite dormimos no Parkhotel Pforzheim, um ótimo hotel 4 estrelas, com um lindo terraço, lindas vistas para o rio e para a cidade e pertinho de tudo. Dá para fazer o centro da cidade e as principais atrações a pé.
Para quem quiser relaxar, o hotel tem um Spa completo, com sauna, banheira de hidromassagem ao ar livre, fitness… tudo isso gratuito (alguns serviços, como tratamentos cosméticos, são pagos à parte). Ah… e o café da manhã é maravilhoso!
Como você pode ver, foi um dia puxado, mas não é para menos: tem MUITA coisa para se fazer seguindo a trilha dos Waldesians!
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No terceiro dia de viagem, nós saímos de Pforzheim logo depois do café da manhã direto para Calw, onde tivemos uma visita guiada por esta formosa cidade.
Começamos nosso passeio pelo Hermann-Hesse Museum. Pudemos conhecer um pouco mais desse conhecido escritor nascido em Calw. Depois pude ver que ele está em toda parte na cidade, dando nome a ruas, com estátuas e tudo o que tem direito!
Passeamos um pouco pelas ruas da cidade, caminhando por entre as casinhas tipicamente alemãs. Continuando o passeio, subimos em um mirante situado na linda Floresta Negra, passeando um pouco por uma de suas trilhas. A cidade é linda e a vista lá de cima também!
Ainda continuamos o passeio por um bom pedaço da cidade, que é realmente das mais belas a que fomos, com casas antigas bem conservadas, coloridas e muitas flores.
Depois do city tour, almoçamos em um restaurante que produz a própria cerveja (viu como é comum?) e é claro que eu a provei – e aprovei. Até comprei uma tulipa com a marca da cerveja (mais uma para a coleção!). O restaurante se chama Brauhaus Schönbuch.
Após o almoço, fomos então para Neuhengstett. Nessa cidade também há muitas marcas da passagem dos Waldesians. Lá, visitamos uma estufa onde produzem rosas e, com elas, fazem bebidas, sabonetes, óleos e muitos outros produtos. Provamos a bebida, e não é que é gostosa?
Da fazenda de rosas fomos caminhando pela cidade até chegar à igreja e ao museu, onde fomos também recebidos por moradores em roupas de época, mostrando-nos como eram os trajes utilizados há séculos pelos moradores.
Como ninguém é de ferro, fizemos uma pausa para um lanche – um coffeebreack com homemade cake, típico da região.
E fomos para nossa última cidade do dia, onde pernoitamos: Singen (Hohentwiel). Ficamos no Hotel Hohentwiel, situado ao pé da montanha onde foi construída a fortaleza de Hohentwiel (Hohentwiel Fortress ou Festung Hohentwiel).
Assim que chegamos, subimos até o alto da fortaleza e pudemos ter uma visão magnífica de toda a região. Obviamente, um local maravilhoso para tirar fotografias.
Terminamos o dia jantando no terraço do restaurante do hotel, com uma linda vista…
Hoje deu para cansar… mas amanhã tem mais! rs…
Quarto dia
Depois do café da manhã, ainda em Hohentwiel, nós fizemos uma caminhada por todo o entorno da montanha onde está a fortaleza, reinando lá no alto.
Passamos por um pedaço de floresta, mas a região é mesmo vocacionada para a produção de vinho: por toda nossa vista há plantação de uvas.
Durante a trilha, passamos também por algumas placas que explicam sobre a fauna e a flora locais.
Esta foi nossa última cidade da Alemanha.
Então, chegando ao hotel novamente, tomamos um banho – afinal, o tempo estava lindo e o sol brilhando! – e fomos para a estação de trem rumo a Shaffhausen, na Suíça.
Até esse momento estávamos nos deslocando com nosso micro-ônibus ou van próprios; a partir dali fomos de trem, utilizando o Eurail Global Pass.
Em Shaffhausen, fomos recepcionados pelo escritório de turismo da cidade, recebendo algumas informações iniciais, e seguimos para nosso city tour. Primeiramente visitamos o Monastério, conhecendo algumas de suas instalações, e fomos em direção ao rio.
Almoçamos ali, à beira do rio. Aliás, QUE rio! Apesar de navegável – há embarcações que fazem passeios – tem águas verde-claras, é limpíssimo e lindo. As pessoas também o usam para nadar e tomar banho em suas águas. Ah, e tem patos nadando por ali também!
Continuamos nosso city tour conhecendo a parte mais antiga da cidade, com seus prédios lindos e coloridos. Durante a visita, pudemos notar as marcas dos Waldesians e Huguenotes, até mesmo no lindo trabalho em alto relevo em gesso do teto de uma sala em um prédio comercial. É muita história acumulada!
Voltando ao escritório de turismo, ainda pudemos provar alguns vinhos da região. O tempo já estava curto, mas ainda pudemos conhecer uma parte lindíssima da cidade: a famosa cachoeira Rheinfall Wasser, ou Cataratas do Reno, um dos cartões postais da Suíça. Local maravilhoso, paisagem de cinema, que valeu muito a pena ter visitado.
Depois da cachoeira, fomos novamente para a estação de trem, agora rumo a Lenzburg. Chegamos à cidade já no início da noite, instalamo-nos no Hotel Lenzburg e só deu tempo mesmo de jantar. Mas, que jantar!! Tivemos um foundue de queijo, tipicamente suíço, acompanhado de um bom vinho.
O hotel é pertinho da estação de trem, de onde fomos caminhando. Tem quartos simples, mas bem completos, com cafeteira, mesa de trabalho, secador de cabelos e… internet de boa qualidade! Também tem estacionamento e um bom café da manhã. E o restaurante é ótimo, foi lá mesmo que tivemos nosso fondue.
O dia não poderia terminar melhor!
Quinto e último dia
Pois é… último dia. Alguns de nosso grupo tiveram que ir embora logo após o café da manhã. Mas outros – eu, inclusive – ainda fizemos um longo passeio pela cidade de Lenzburg, seguindo os passos dos Huguenotes.
Conhecemos casas históricas de famílias de huguenotes e percorremos suas plantações de flores, uvas e outras produções. Em uma das casas, vimos uma árvore genealógica das famílias que se instalaram na região.
Andamos por algumas das ruas da região – que mais parece uma cidade cenográfica com casinhas de bonecas! – e caminhamos bastante até uma igreja no topo de uma colina. Andamos bastante, mas valeu a pena, pois a igreja é linda e a vista lá de cima também.
Na volta, fomos ao centrinho da cidade, onde estava acontecendo uma feira de produtos orgânicos, e chegamos finalmente ao Museu Burghalde, a nossa última atração da viagem.
O Museu Burghalde é um conjunto de edifícios na parte velha da cidade de Leinzburg e foi o maior museu que visitamos, com muitas peças e exposições diferentes, levando-nos a uma viagem desde a Idade da Pedra até os dias atuais, mostrando parte da história da cidade.
Enfim, depois do museu fomos à estação de trem e, finalmente, ao aeroporto.
Acabou nosso roteiro de 5 dias na Alemanha e na Suíça… uma pena, porque foi simplesmente maravilhoso e ainda ficou um sentimento de que temos muito mais a explorar pelas cidades por que passamos!
Se você quiser percorrer esse mesmo caminho, estão aí as dicas, espero que tenham gostado.
Todo o caminho que percorremos durante esses dias é marcado pelo símbolo da trilha dos Waldesians e Huguenotes, onde existem placas com explicações, indicando que estamos percorrendo os mesmos lugares pelos quais eles passaram. Fique de olho nas marcas e… siga em frente!
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Boa viagem!
O Turista Profissional viajou a convite da Comissão Europeia de Turismo e do Iambassador.
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