Passei maravilhosos 7 dias na Chapada Diamantina e vou contar tudo pra vocês!
Minha aventura começa quando eu e uma amiga conseguimos uma promoção de passagens de avião para Salvador logo após o Carnaval de 2015. Seriam exatos 9 dias de viagem e não pensamos duas vezes no destino: Parque Nacional da Chapada Diamantina.
Neste relato, você vai acompanhar como foi a experiência pra mim e ter algumas dicas da Chapada, pra ajudar a você organizar a sua.
A Chapada Diamantina é uma região no interior da Bahia com muitas maravilhas naturais como cachoeiras, lagos azuis translúcidos, trilhas, cânions, grutas e uma das travessias consideradas mais bonitas do mundo, a chamada travessia do Vale do Pati.
São várias vilas/cidades que compõem a região, mas nem todas têm infraestrutura pra receber turistas. As mais conhecidas, que geralmente são as cidades base, de onde as pessoas partem para as aventuras, são: Lençóis, Mucugê, Vale do Capão, Ibicoara, Andaraí e Igatu.
Economia => Seguro viagem nacional? (dicas + desconto)
Roteiro Chapada Diamantina
A escolha da cidade base na Chapada Diamantina
A gente optou por ficar em Lençóis mesmo e essa é a primeira dica da Chapada que eu dou. Por conta de termos um tempo não muito extenso na região e lá ser o lugar com mais estrutura e mais perto de Salvador (são seis horas de ônibus), essa foi nossa escolha.
Confira => Passeios na Chapada da Diamantina
Por conta disso, na hora de planejar a viagem, é obrigatório considerar um dia só pra ir até Lençóis e outro para voltar, caso você esteja vindo de outra cidade. No meu caso, sou de São Paulo, então a parte da manhã nós gastamos pegando o avião e chegando até o aeroporto de Salvador e de lá indo até a rodoviária, pois o ônibus para Lençóis partia por volta das 13h. Assim, chegamos na Chapada umas 20h.
O aeroporto de Salvador não fica perto da rodoviária, então tivemos que pegar um táxi entre os dois locais, o que levou cerca de uns 40 minutos gastos aí (e uma grana a mais, que não foi pouca). Até daria pra fazer o trajeto de ônibus, mas como estávamos apertadas de horário, não quisemos arriscar.
Lençóis é uma graça e me lembrou bastante Paraty, no Rio de Janeiro, só que com um clima mais esotérico e místico. É minúscula e as ruas são de pedra, o que pode dificultar um pouco o andar, principalmente se estiver de chinelo. A gente chegou logo após o carnaval, então a cidade ainda estava cheia e bastante movimentava, com um ‘hippie’ a cada esquina vendendo seus artesanatos. Reparamos que poucos dias depois a cidade ficou bastante vazia, ou seja, o turismo realmente movimenta a região.
A gente tinha reservas no Hi Hostel Chapada e um funcionário de lá já nos esperava na rodoviária com uma plaquinha com nossos nomes (achamos o máximo). A gente nem tinha combinado nada, mas ele explicou que eles olharam a lista de pessoas que fariam check in naquele dia e foram esperar o ônibus. Dali, andamos em grupo até o hostel em uma caminhada que não durou nem 10 minutos (Lençóis é realmente muito pequena).
Outra dica da Chapada sobre a acomodação é a seguinte: o Hi Hostel Chapada é muito bom, eu indico, mas ficamos sabendo que um quarto de pousada para casal teria saído o mesmo valor que eu e minha amiga pagamos no hostel, então, veja o que você prefere.
Aqui mesmo você pode dar uma olhada nos preços de pousadas em Lençóis: pesquisar pousadas em Lençóis.
Como eu disse, nós tínhamos exatos 7 dias de passeio. Com o tempo muito apertado (tem muita coisa pra ver), a primeira coisa que fizemos então foi largar as malas no hostel e sair pela vila procurando os tours nas muitas agências que existem por lá. Elas ficam praticamente uma ao lado da outra e os tours são praticamente iguais e com preços também parecidos.
Pesquise aqui outras opções de hospedagem na Chapada Diamantina
Já havíamos feito uma pesquisa prévia em São Paulo pela internet e cotamos alguns em agências específicas. Não conseguiríamos fazer tudo, então, já fomos com os locais desejados em mente e acabamos fechando para nosso primeiro dia um passeio mais básico e clássico, sem tanto esforço (comparado com os outros, claro, porque fazer os passeios pela Chapada exige um mínimo de condicionamento físico).
A maioria das agências aceita cartão, mas há descontos para pagamentos em dinheiro, que geralmente é o único pagamento que os guias sem vínculo com agência aceitam.
Após essas primeiras dicas, vamos ao roteiro que nós fizemos.
Roteiro de 7 dias na Chapada Diamantina
Roteiro na Chapada Diamantina – DIA 1
Morro do Pai Inácio, Gruta da Pratinha/Gruta azul, Cachoeira do Poço do Diabo, Gruta da Lapa Doce.
Uma van buscou a gente no hostel e partimos rumo ao primeiro dia de passeio. A primeira parada foi no Poço do Diabo, uma cachoeira que dá num lago grande e fundo de cor de ‘coca cola’, uma tonalidade bem escura e meio avermelhada. Essa cor é muito comum por lá e tem a ver com os componentes naturais presentes da água da região da Chapada.
Depois de nadar um pouco, partimos para a Gruta da Lapa Doce e almoçamos em um restaurante que fica na entrada da propriedade onde a gruta se encontra. A Gruta da Lapa Doce é uma caverna enorme com estalactites e estalagmites (aquelas formações pontudas) na qual é possível fazer uma travessia por dentro dela e sair do outro lado. Lá o breu é total e, se não estivéssemos com uma lanterna, provavelmente nos perderíamos.
Depois, partimos para o Morro do Pai Inácio, cartão postal da região. Subimos a montanha numa trilha leve e chegamos lá em cima onde tivemos aquela visão clássica do vale, imperdível.
A última parada foi na Gruta da Pratinha. É um rio de água azul transparente que termina em uma caverna. Demos a sorte de pegar o último horário, então acabamos ficando mais tempo e com a gruta vazia só pra gente! É impressionante a transparência da água daquele lugar e a areia branquinha no fundo das águas… Encontramos até uma tartaruguinha no fundo do rio!
Dica => Excursão a Pratinha e Morro do Pai Inácio
Acabado o tour, chegamos em Lençóis à noite onde jantamos em um dos restaurantes típicos da vila e fomos em busca do passeio do dia seguinte.
Dicas da Chapada Diamantina: Travessia do Vale do Pati
É um dos lugares mais famosos da Chapada Diamantina e a gente queria ir até lá, óbvio! Acontece que é um dos mais caros e complexos passeios, e já explico o porquê.
Os tours chegam a uma semana de travessia e o tempo mínimo são 3 dias. A gente queria fazer o de 3 dias por conta do tempo curto que tínhamos e também porque nunca fizemos algo tão “roots” assim e estávamos ressabiadas se aguentaríamos.
Foi aí que complicou. A grande maioria das pessoas faz a travessia de 4 ou 5 dias e é raro encontrar um grupo que queira fazer o de 3. Até por que, realmente… o de 3 dias vê-se somente o básico do básico. Só que pra nós era isso ou nada e nós queríamos muito fazer.
Combinamos entre a gente que iríamos todos os dias em todas as agências procurar grupos para a travessia em 3 dias durante o período que estaríamos lá e, enquanto não achássemos, iriamos fazendo os outros passeios menores (que já íamos fazer de qualquer forma). Nossa última opção seria irmos só nós duas, sem grupo, com o guia. A questão é que fica muito mais caro.
Assim que voltamos do primeiro passeio do primeiro dia, fomos nas agências pra ver se alguma tinha conseguido arranjar um grupo pro Pati de 3 dias. A cidade inteira já estava sabendo da gente. Era só entrarmos nas agências e já perguntavam “vocês são as moças que querem o Pati em 3 dias?”… rs.
Em uma delas, o funcionário comentou que tinha mais três moças procurando também e lá fomos eu e minha amiga andando por Lençóis atrás das moças pra gente fechar um grupo. Encontramos! Uma brasileira, uma alemã e uma espanhola que acabaram fechando o passeio diretamente com um guia chamado Milson. Conversamos e acabamos conseguindo nos unir a esse grupo, direto com o guia, e fechamos o Pati para ao dia seguinte! Sim! Foi no susto mesmo. Mal tínhamos chegado do primeiro dia, exaustas e já embarcaríamos na aventura máster da Chapada da Diamantina.
Os tours por lá são todos com guia, sempre tem uma trilha pra chegar ao local e é complicado fazer isso sozinho, até por que tem animais venenosos no caminho e os guias conhecem bem a fauna e flora da região. Dá pra fechar passeios tanto com as agências como também diretamente com algum guia, que são cadastrados em um tipo de “Central dos Guias”, um escritoriozinho que fica ali perto das agências. Foi o caso das três moças, que foram diretamente lá. O Milson foi muito bacana com a gente, o pagamento era pra ter sido feito em dinheiro, mas ele falou que poderíamos transferir a grana pra ele depois! Muita confiança, né?
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Roteiro Chapada Diamantina – DIA 2
Primeiro dia da travessia do Vale do Pati – Cachoeirão por cima
Milson, o guia, contratou um taxista, o Trajano, (já fazia parte do pacotão que fizemos com ele) que nos buscou no hostel e nos deixou no ponto de uma estrada onde entraríamos no Vale do Pati.
Começamos então a nossa caminhada – que envolveria muita subida e descida, botas encharcadas e enlameadas, além de muitas risadas e uma experiência incrível!
Levamos uma mochila normal, afinal seriam apenas três dias, só com o essencial do essencial. Troca de roupa, repelente, protetor solar, água, capa de chuva (vai usar bastante), lanterna, kit de primeiros socorros e produtos de higiene básica. Leve roupas confortáveis e muitas meias. O clima não é frio, mas como chove muito, diria que fica meio fresquinho, só durante a noite que a temperatura tende a cair mais.
Alimentação e acomodação estavam a cargo de Milson e das casas dos nativos, que são os moradores do Pati. São casinhas no meio do nada, isoladas do mundo, que costumam receber os turistas. A estadia oferece um local pra dormir com colchão e coberta, banheiro e café da manhã e jantar, por um valor pequeno. No nosso caso, a gente acertou tudo direto com o Milson, que já fez um valor X incluindo tudo da travessia. É tudo muito simples e humilde, mas de ótima qualidade. Comida deliciosa de forno a lenha, colchão e coberta quentinhos.
Logo quando iniciamos a subida de um dos morros começou a chover muito e trovejar. Procuramos nos abrigar nas pedras das montanhas e um raio caiu muito perto da gente… primeiro susto do rolê! A travessia tem muitas paisagens abertas – afinal, é um vale – e Milson fez a gente parar perto de umas árvores para lancharmos e deixarmos as mochilas escondidas (pra aliviar um pouco o peso na caminhada) e seguimos para o Cachoeirão, a maior cachoeira do Vale do Pati. Nossa visita seria por cima (é que existe a trilha também indo pro Cachoeirão por baixo).
A gente achou que seria rápido, mas essa “caminhadinha” demorou mais de uma hora. Estávamos já cansadas de tanto andar e eu me perguntava se realmente valia a pena todo aquele esforço quando, de repente, eu vejo a queda d`água do Cachoeirão. Sério, parece frase de auto-ajuda, mas eu realmente pensei naquele momento que “todo o esforço valeu a pena”.
Ficamos uns 40 minutos e partimos, pois tínhamos que chegar na casa antes do anoitecer, por segurança. Acabamos nos atrasando e fizemos trilha à noite, até conseguir chegar na casa de uma senhora, onde jantamos, tomamos um banho (gelado) e capotamos na cama quentinha.
Roteiro na Chapada Diamantina – DIA 3
Morro do Castelo
As botas nunca secavam, pois o tempo foi em sua maioria chuvoso e nublado. Uma das dicas da Chapada é levar várias meias para a travessia do Pati e passar vaselina nos pés pra diminuir o atrito. São quilômetros de caminhada durante três dias, no mínimo, e você não vai querer ter uma bolha ou rachadura no pé, não é mesmo?
Acordamos, tomamos um café da manhã reforçado e seguimos viagem rumo ao famoso Morro do Castelo. Tínhamos que subir a montanha em uma trilha bastante íngreme de pedras, quase como uma escalada. Lá em cima do Morro do Castelo, uma das vistas mais bonitas da travessia, dava pra ver o Vale do Pati inteiro e ficamos ali durante cerca de uma hora. Ao descermos, iniciamos a trilha pra casa onde passaríamos a segunda noite. No caminho paramos na Cachoeira dos Funis e trombamos um grupo com um guia, algo bem comum de acontecer por lá (ainda bem, tira um pouco a sensação de que estamos sozinhos no meio do nada).
Chegamos ao anoitecer na casa que, na verdade, era tipo uma mini vila, chamada Ruinha ou Igrejinha, com direito a mercearia e até uma capelinha (por isso o nome “Igrejinha”). Ficamos conversando na vendinha enquanto esperávamos a janta, foi o momento de integração com os moradores e outros viajantes que estavam passando a noite por lá.
Roteiro pela Chapada Diamantina – DIA 4
Final da travessia do Pati
No dia seguinte, após café da manhã bem reforçado (feito pelo Milson, assim como a janta anterior… aliás, nosso guia também se mostrou um ótimo cozinheiro), seguimos para o que seria nosso último dia de travessia. Após mais uma “escalaminhada” (como carinhosamente se chama a trilha de subidas que se parece com escalada), chegamos ao platô onde andaríamos por muito tempo, chamado Gerais do Vieira, para depois descer de novo para o vale, chamado Gerais do Rio Preto. Ali, ao final, acabaríamos perto da estrada onde Trajano estaria nos esperando pra levar todos de volta à Lençóis.
Tudo combinado previamente com o Milson, pois lá não pega celular e a comunicação fica sendo desse jeito mesmo: combinado é regra. Nas últimas horas da travessia, o sol apareceu. Foi ótimo porque a gente não aguentava mais tanta chuva, mas um problema começou a surgir…a água estava acabando e a gente ainda estava meio longe de algum rio ou cachoeira. Neste momento fiquei um pouco preocupada, mas logo chegamos a um riacho onde fizemos a última pausa da travessia.
Nos últimos momentos eu estava tão cansada que meus pés cambaleavam e eu quase virei o pé várias vezes. Sim, a menina faz a travessia do Pati e quase se machuca ANDANDO na reta final.
Chegamos a uma rua de terra perto de algumas casas e o taxista, Trajano, chegou um pouco depois pra nos buscar. Capotamos ao entrar no carro, óbvio, felizes por termos conseguido fazer a travessia num ritmo bacana e sem acidentes.
No Vale do Pati, os riscos de acidentes são mais altos porque não tem comunicação por lá e as trilhas não são bem definidas em vários momentos. Então, não tem como ir sem guia de jeito nenhum. Fora o risco de animais peçonhentos ou trombas d’água, que são muito comuns na região.
O Trajano ainda parou no Vale do Capão, na volta, pra gente conhecer a cidade e comer o famoso pastel de carne de jaca. O clima pacato, o ar esotérico e a natureza fazem com que a gente não tenha vontade de ir embora.
Chegando em Lençóis à noite, exaustas de novo, precisávamos fechar o passeio para o dia seguinte. A gente não tinha trégua, nossos dias eram exatos, e por mais cansadas que estivéssemos, não tem muito como fugir de esforço físico, pois praticamente todos os passeios incluem alguma caminhada longa, escalada e afins. Bom, fechamos a trilha da Cachoeira da Fumaça logo no dia seguinte e a moça alemã que fez o Pati com a gente também foi na onda.
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Roteiro Chapada Diamantina – DIA 5
Trilha da Cachoeira da Fumaça
A van nos pegou no hostel como sempre e deixou a gente na entrada da trilha que leva até a Cachoeira da Fumaça. É uma subida que não acaba nunca e, em seguida, uma caminhada por um platô até chegar na parte de cima da cachoeira. A subida não é ‘escalaminhada’, mas é bem cansativa. O tour dava direito a lanchinho que foi distribuído ao chegarmos na cachoeira.
A Cachoeira da Fumaça é uma das maiores da Chapada, que tem esse nome justamente por conta da queda d’água acabar “virando fumaça” pela altura. Na volta do passeio paramos em uma outra cachoeira bem menor pra tomar banho (a da Fumaça é só pra observar).
Que tal => Passeios até a cachoeira da Fumaça
Em Lençóis novamente, era nossa última chance de conseguirmos os passeios que restavam. Tirando o Vale do Pati, a gente queria ir também até o Poço Encantado, Poço Azul e Cachoeira do Buracão. A mais longe de Lençóis é a Cachoeira do Buracão, que fica próximo do município de Mucugê, mais ao sul da Chapada. Dá pra fazer um bate e volta, mas é extremamente cansativo e demorado e, justamente por ser muito longo, é difícil de juntar um grupo que tope esse tour. Já o Poço Encantado e Poço Azul são mais perto, apesar de serem ao sul também, e há passeios de um dia.
O ideal seria conseguir fechar um passeio de dois dias contemplando todos esses destinos, já que Poço Encantado e Poço Azul ficam no meio do caminho da Cachoeira do Buracão. Fizemos o mesmo esquema do Pati, espalhamos antes pela cidade nosso interesse em fazer Buracão e os Poços em dois dias e, enquanto isso, fomos fazer o passeio da Fumaça.
Mas nossa viagem inteira foi regada de sorte e boas energias e não é que conseguimos? Ao chegarmos da Cachoeira da Fumaça, Milson nos avisa que conseguiu fechar um grupo, que seria formado por minha amiga e eu, um casal inglês e a espanhola do Vale do Pati! E o nosso guia seria o Trajano, o taxista do Vale do Pati!
Imperdível => Tour para o Poço Encantado e Poço Azul
Roteiro na Chapada Diamantina – DIAS 6 e 7
Poço Encantado, Poço Azul e Cachoeira do Buracão
Trajano nos buscou no hostel e partimos rumo aos destinos. A estrada pra lá tem muitas borboletas amarelas pelo caminho, eu nunca tinha visto isso na vida, parecia aqueles filmes de fadas, sabe?
O Poço Encantado é aquele da foto famosa de uma gruta de água azul royal, onde um raio de sol se destaca nas águas. Lá não é permitido entrar na água, então só observamos.
Depois, partimos para o Poço Azul, onde dá pra entrar nas águas e fazer a chamada flutuação, com snorkel. A gente chegou em um momento que estava vazio e conseguimos ficar até mais tempo do que o “permitido”. É incrível a transparência da água e o tom de azul. Até hoje não sei qual foi mais bonito, a Gruta da Pratinha lá do primeiro dia ou esse.
Em seguida, seguimos para a cidadezinha de Mucugê, onde passaríamos a noite, para no dia seguinte partirmos para a Cachoeira do Buracão e depois voltar para Lençóis.
Mucugê é no estilo de Lençóis, porém menos movimentada. Uma atração interessante da cidade em si é o Cemitério Bizantino (o nome verdadeiro é Santa Izabel), único no estilo no Brasil. Localizado na beira da estrada na entrada da cidade e em uma parte mais alta por conta dos lençóis freáticos, chama a atenção por conta da cor branca das lápides e do formado imitando igrejas. Ele foi construído por conta de uma epidemia de cólera que ocorreu na Bahia, há muito tempo.
Ao amanhecer, partimos rumo à Cachoeira do Buracão, que fica no município de Ibicoara. Tivemos que contratar um guia local ao chegar na cidadezinha e ele nos acompanhou até a entrada da trilha que leva até a cachoeira. Foi uma das mais tranquilas que fizemos em toda a viagem! Ela vai acompanhando o Rio Espalhado, que forma umas cachoeiras menores no caminho, e é esse rio o responsável pela Cachoeira do Buracão.
Chegando ao ponto da cachoeira, tem duas opções de irmos até perto dela: nadando ou pelas pedras das laterais. A cachoeira até que é grandinha e estava com a queda forte por conta das chuvas dos dias anteriores. Estava até um pouco difícil ficar de olhos abertos devido a força dos respingos da queda d’água!
Pesquise hotéis e pousadas na Chapada Diamantina
Nosso último tour estava chegando ao fim. Após a cachoeira do Buracão e a trilha de volta, pegamos o carro e horas depois estávamos em Lençóis para nossa última noite, que finalizou com uma pizza e altas histórias com o funcionário do hostel, quando ele nos contou coisas sobre a cidade até as duas horas da manhã!
Aproveitando um restinho de tempo no último dia na Chapada Diamantina
Salão de Areias Coloridas, Rio Serrano e Cachoeira da Primavera
Nosso ônibus seria às 13 horas e o avião para São Paulo seria por volta das 21 horas, então queríamos aproveitar a manhã para ver as últimas coisas em Lençóis, porque na verdade a gente quase não ficou por lá. Praticamente só jantamos e dormimos (e conhecemos todas as agências da região, claro… rs).
Conseguimos fazer uma trilha pela manhã que consistia em locais muito próximos de Lençóis, que dava pra ir a pé. Pegamos orientações no hostel e fomos sozinhas mesmo. Visitamos o Salão de Areias, que é basicamente uma gruta meio aberta com o chão coberto de areias coloridas; o Rio Serrano, que em épocas de “seca” foram piscinas naturais; e a Cachoeira da Primavera.
E assim terminou o último passeio da Chapada Diamantina!
Arrumamos as coisas no hostel e andamos até a rodoviária. O ônibus atrasou, o que fez com que chegássemos muito em cima do horário do voo. Isso foi bem preocupante, pois se o imprevisto fosse maior, nós teríamos perdido o avião, mas ao final foi tudo bem.
Estes 7 dias do nosso roteiro na Chapada Diamantina se tornaram uma das viagens mais incríveis da minha vida, por todo o contexto. Tanto o destino, como as companhias, as experiências, a energia do lugar… tudo, absolutamente tudo deu certo! Recomendo muito o destino pra quem gosta de natureza e aventura.
Boa viagem!!!
Texto e fotos de Luciana Console
Leia mais sobre a Bahia:
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Boa Noite, poderia dizer quantos gastou em media, estou me programando para ir com meu namorado
Gostaria de saber se você poderia me passar mais informação sobre os preços dos guias, e se puder, quanto ficou essa viagem no total? Estou olhando para ir em Junho 2018, somos 4 pessoas – 2 casais.
Ví o comentário da colega e aproveito para pedir tbm o orçamento dessa viagem. Pretendo conhecer a chapada em julho!
Não fazemos orçamentos, pois isso você só consegue com as empresas locais, ok?! Somos apenas um blog de viagens, com dicas práticas. Boa viagem!