Roteiro de viagem pelo Peru com criança: Arequipa

Continuamos nossa viagem. E a próxima parada foi em Arequipa, que também é conhecida como a “Cidade Branca”. Estive lá há três anos e amei o lugar. Achei que a cidade tinha uma atmosfera ótima, gostei de caminhar pelas ruas, e principalmente de conhecer a Praça de Armas, que achei linda demais, uma das mais bonitas de todo o país.

Mas, caros leitores, com criança a bordo, a viagem é sempre outra.

Arequipa, que tanto me encantou em 2010, foi o destino que o Henrique menos aproveitou e curtiu durante toda a nossa estada no Peru.

Começamos nosso tour com uma visita ao Monastério de Santa Catalina, lugar de imensa beleza e alto interesse para pessoas que gostam de saber a história dos locais que visitam. O convento, fundado no ano de 1579, na verdade é uma pequena cidade dentro de Arequipa, onde viveram na clausura muitas freiras, algumas por opção, e muitas porque eram mandadas para lá por suas famílias.

Na visita guiada (há guias que falam português), os turistas são levados a conhecer algumas histórias a respeito de mulheres que habitaram os claustros, seus hábitos, suas privações. O local ainda está em atividade, tem uma área reservada para os clautros atuais mas, claro, a estes não tivemos acesso.

A visita foi simplesmente fascinante para nós, adultos. Estávamos interessados em tudo, em toda a história do local, em ver toda a cidadela que forma o monastério (lindíssima!)… mas nem o fato de a guia do convento falar português foi suficiente para fazer o Henrique se interessar pelo passeio.

Saindo do Monastério, fomos caminhar pelo centro histórico da cidade e conhecer as igrejas, mas por se tratar de uma segunda-feira, elas estavam fechadas e não conseguimos entrar. Só fizemos algumas fotos das fachadas. Eu gostaria de ter entrado, mas o Henrique ficou muito feliz porque não conseguimos. Para ele, foi muito mais divertido correr entre os pombos da Praça de Armas, fazendo-os levantarem voo freneticamente, do que ficar dentro das igrejas ouvindo a guia falar. Afinal de contas, ele é criança, e tem outros interesses, não é?

Bem… essa foi a minha experiência com um pequeno por lá. Talvez, em sua viagem, você tenha outras experiências. Como contei no post anterior, achei que ele não fosse gostar das múmias de Chauchilla, mas ele amou! Com os pimpolhos, tudo é sempre possível…

Em Arequipa, já estávamos a mais ou menos 2000 metros de altitude. Nós, adultos, já começamos a sentir um pouco de cansaço por conta disso. Mas o Henrique, até ali, não havia sentido diferença alguma. Foi muito bom subir a cordilheira assim, de ônibus. O corpo sempre sente a altitude, mas sair do nível do mar e, dentro de uma hora e meia (mais ou menos) chegar a Cusco, teria sido muito mais difícil para nós. E para ele. Além disso, subindo lentamente, conhecemos o interior do país, que tem paisagens lindíssimas e encantos mil que, sinceramente, você só vai tomar consciência depois que resolver fazer essa viagem.

Saímos, então, de Arequipa rumo ao Vale do Colca. Cordilheira acima. Lindas surpresas nos aguardavam…