Seguro viagem do cartão de crédito: vale a pena?

Neste post eu vou contar uma experiência que tive com o seguro viagem do cartão de crédito e discutir com vocês: será que vale a pena?

Viajar sem seguro viagem – muitas vezes confundido com seguro saúde – é um risco muito grande, principalmente se o destino for um país onde não há sistema público de saúde.

Em viagens, o indicado é ir sempre com o seguro, pois imagine o nervoso de ter que procurar um hospital, enfrentar filas e ainda ser atendido em outra língua enquanto passa mal em um lugar longe de casa?

Isso só falando de saúde, sem contar em outros problemas que podem acontecer, como perda de documentos, atraso ou extravio de bagagens, cancelamento de voos, etc.

Além disso, o seguro viagem também é exigido para estrangeiros na hora de entrar em muitos países, então muito provavelmente você vai ter que contratar algum.

? Leia alguns exemplos:

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Mas, e aí, qual seguro viagem escolher?

A gente já falou sobre como comprar o seguro viagem mais barato. Existem diversas empresas e vários planos de seguro viagem, e você tem que procurar o que melhor se adapta ao que precisa.

Mas além das empresas tradicionais, alguns cartões de crédito oferecem os serviços se a compra da passagem for feita com ele.

Então é bom ter esses detalhes em mente: o seguro do cartão só vale se você comprar as passagens com ele (dependendo do seu limite, pode complicar depois se quiser utilizá-lo) e, obviamente, os cartões que têm os melhores benefícios são aqueles que são mais caros, aos quais nem todo mundo tem acesso.

Muita gente prefere não fazer um seguro viagem e utilizar esse que os cartões de crédito oferecem. É uma opção, mas, pela minha experiência, talvez não seja tão indicado.

Eu tive essa experiência em minha última viagem e compartilho aqui.

Seguro viagem do cartão de crédito

Seguro viagem do cartão de crédito

Eu usei as milhas do cartão de crédito para conseguir as passagens na minha viagem a Cuba e New Orleans (EUA) e paguei as taxas com o próprio cartão, ou seja, apesar de as passagens em si não terem sido compradas de fato com ele, eu paguei as taxas e isso já  me deu o direito ao Seguro Viagem.

E não adianta só comprar passagem ou pagar taxas com ele e – pronto – achar que já está tudo certo. É preciso ainda ir ao site e oficializar o seguro, imprimindo uma espécie de contrato, que se chama Bilhete Seguro, onde você vai colocar todos os dados da viagem.

Lembrando que isso foi pelas regras do meu cartão, você deve saber como funciona no seu caso. Leia todo o contrato, telefone, informe-se, ok?!

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Veja os detalhes de como funciona o seguro do seu cartão

Minha experiência com o seguro saúde do cartão de crédito

No meu penúltimo dia em New Orleans, Estados Unidos, eu acordei com dor de garganta. Eu tenho tendência a ter infecções, fiz a burrada de não levar os antibióticos que normalmente tomo nesses casos no Brasil. É algo “simples”, que nem precisaria acionar o seguro, caso eu já tivesse os remédios.

Mas eu não o tinha e, como sabemos, antibiótico não se compra sem receita, né? E eu percebi, dando uma olhada nas minhas amígdalas, que era caso de antibiótico mesmo e não de um simples anti-inflamatório, porque elas já estavam com os pontinhos brancos típicos de infecção por bactéria.

Eu iria embora dali a dois dias, então pensei se valeria a pena acionar o seguro ou se deixava para lá, já que não era grave (eu não estava com febre, ou seja, não era gripe nem nada, era só a garganta mesmo). Por fim, resolvi acionar o seguro saúde do cartão de crédito para conhecer o serviço porque, claro, seria melhor eu passar os dois últimos dias sem dor, já que tinha direito a usá-lo.

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Como funciona o seguro viagem do cartão de crédito

Primeiro passo: com o contrato impresso e em mãos, procurei para qual telefone precisaria ligar. Havia um número 0800, mas ele só poderia ser usado por um telefone dos Estados Unidos. Eu pensei em pedir o do hostel, mas uma amiga estadunidense que eu fiz em NOLA acabou me emprestando o dela.

O atendimento por telefone é muito bom! Preciso fazer o elogio aqui. Nunca usei outro seguro saúde, então não sei no comparativo, mas fui muito bem atendida, em português mesmo. O atendente pediu meus dados e informações sobre qual era o problema de saúde e minha localização, para poder abrir a solicitação.

Daí que começou a parte mais prática mesmo. Quais eram as opções de atendimento? Como, de fato, eu seria medicada?

Bom, aí veio minha primeira decepção: eu achei que haveria a opção de um médico ir até o hostel me atender (como aconteceu com a Evelyn e o filho dela), mas o cartão não tem esse serviço.

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Não se esqueça de que qualquer coisinha em viagem pode virar uma grande dor de cabeça

As opções eram:

? Opção 1: Ir até um hospital próximo e receber o atendimento como um cidadão estadunidense normal, fazer o pagamento e ao retornar ao Brasil, pedir o estorno.

Como o protocolo já estava aberto, seria simples o pedido de estorno, pois já estaria oficializado. O problema é que os serviços médicos nos EUA são absurdamente caros, então essa pode ser uma opção complicada se pessoa não tiver a grana ou um cartão de crédito com limite alto para usar ali na hora no hospital.

? Opção 2: Atendimento Remoto.

Ou seja, eu receberia um e-mail com as orientações e baixaria um aplicativo de celular/computador. Esse aplicativo seria como uma sala de chat, onde eu ficaria na “fila de atendimento” e seria chamada pelo médico remotamente.

Na hora da minha vez, o atendimento seria feito pelas câmeras do celular/computador, como um Skype, e o médico daria o diagnóstico, faria a receita e eu poderia comprar o remédio na farmácia. Essa opção só é possível também para casos menos graves, como era o meu.

Apesar de achar um pouco estranho um médico dar um diagnóstico oficial por Skype, eu escolhi a segunda opção. Na verdade, eu só precisava de uma receita de antibióticos assinada por um médico, então era algo muito simples. Eu também não estava a fim de ir até um hospital, então achei que este modo seria mais confortável, afinal, eu ficaria ali no hostel mesmo.

Oficializei a escolha com o atendente ao telefone e ele me informou que era só aguardar a chegada do e-mail com as instruções.

Foi a partir daí que comecei a desgostar do serviço…

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O tal do e-mail demorou uma hora para chegar e eu queria resolver tudo logo, afinal, eu ainda queria passear e aproveitar meus últimos dias na cidade. Minha situação não era grave a ponto de eu ficar de repouso.

Depois da espera, o e-mail chegou com as instruções de baixar o aplicativo e também de fazer o cadastro na empresa do app. Aí foi uma confusão só. DICA: se puder, faça tudo isso em um computador, notebook, enfim, porque abrir tantas páginas e ver tudo isso na telinha do celular não foi legal.

Eu fiz tudo conforme indicado no e-mail e nos “trocentos” sites a que fui direcionada, mas na hora de fazer o login no aplicativo, a senha que havia acabado de cadastrar não entrava. Precisei pedir para recuperar senha, mas mesmo assim não entrava. Fiz várias vezes e nada! Nesse momento, eu já não sabia mais o que era cadastro da “sala de espera”, o que era cadastro do app, etc.

Conclusão: não consegui nem sequer chegar na tal da “sala de espera” para ser atendida pelo médico remotamente.

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Afinal, o seguro viagem do cartão de crédito vale a pena?

“Pode ser” que sim, pois eu não cheguei a finalizar o meu atendimento. Talvez se tivesse ido ao hospital e aberto sinistro depois pedindo o estorno, teria dado tudo certo.

Mas minha linha de pensamento é a seguinte: independente de ser boa ou não a parte médica, eu não consegui usar o serviço porque me deparei com problemas burocráticos e tecnológicos que não deveriam acontecer nessa situações.

Pode ser que tenha sido eu mesma quem me confundi nos cadastros, aplicativos e páginas? Sim. Mas algo tão necessário como um seguro saúde não deveria ser complicado de se usar.

Principalmente porque supõe-se que, se estamos acionado um, é porque não estamos em nossas condições normais, ou seja, estamos passando mal e em um país estranho; mais motivos para ser algo sem complicações.

Eu tentei resolver mandando um e-mail pedindo ajuda e explicando meu problema com as senhas. Enquanto isso, eu fui dar meus rolês na cidade e me virei com anti-inflamatório que tinha trazido comigo e receitinhas naturais para segurar a dor de garganta. A resposta no e-mail também foi muito lenta e, nessa, o dia do meu voo chegou! Afinal, eu ia embora dali a dois dias.

? Leia também: Seguro Viagem Nacional: é necessário fazer?

Chegando ao Brasil, fui ao médico e finalmente consegui tomar os antibióticos, que, de fato, foram necessários, pois no voo mesmo minha garganta piorou demais. Engraçados foram os e-mails da empresa tentando resolver o problema, chegando durante e depois do meu voo, quando eu já estava no Brasil.

Eles foram solícitos, mas não deu tempo. Então, achei a demora e a burocracia negativas, pois, em uma viagem, essas coisas fazem a gente perder muito tempo.

Resultado: numa próxima, eu pretendo procurar um seguro que me dê a certeza de que, pelo menos nos casos mais leves de saúde, um médico vá até a hospedagem.

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Mas temos que lembrar, também, que um seguro viagem é muito mais que um seguro saúde, pois cobre outras situações – que não médicas – que podem ocorrer em viagens. Veja aqui mesmo, por exemplo, alguns bons motivos para você adquirir um bom seguro viagem.

Então, vá tranquilo, e boa viagem!

Texto: Luciana Console – Fotos: Shuttertock

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