Turismo antropológico na Amazônia: dormir na casa de um ribeirinho

Post atualizado em 02/06/2025

Quando fomos à Amazônia fizemos, sem querer, um verdadeiro Turismo Antropológico!

Quando fomos à Manaus, fizemos um tour pela selva (vejam o roteiro de 5 dias na Amazônia) e, no tour, uma das noites passamos na casa de um ribeirinho, bem beira do rio.

A ida até lá valeria a pena só por conta disso, mas, claro que fizemos muito mais.

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Turismo antropológico na Amazônia

Conhecer a Amazônia é uma experiência incrível, pois para nós, da cidade, tudo lá é diferente, é uma outra vida. Fiz um post sobre a Amazônia, onde tentei mostrar um pouquinho do que vimos da grandiosidade da maior floresta tropical do mundo, mas as fotos nem sempre dão conta da realidade.

Você imagina nosso deslumbramento em passar 4 noites em um hotel de selva, fazendo nosso roteiro pela Amazônia!

Uma dessas noites nós iríamos acampar para passar a noite em um local já pré-determinado pelo nosso guia. Mas, quando chegarmos lá, de barco, o local estava simplesmente coberto de água, com vários metros acima do nível normal… 😯

Aí, nosso guia sacou do bolso o seu plano B: ligou para um conhecido dele que morava em uma casa flutuante com uma varanda. Ele negociou da gente dormir lá na varanda dele, nas redes que tínhamos, e a esposa dele preparar o nosso jantar com o nosso rancho.

E assim foi.

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Chegando na casa flutuante

E lá fomos nós ao destino do nosso turismo antropológico! Chegamos ao local, uma espécie de pequeno recanto, pequena “baía” em uma parte do rio, onde se vê umas três ou quatro casas flutuantes, distantes uns cem metros umas das outras. Entre elas, muuuuita água e, em volta delas, copas das árvores, com todo o resto submerso.

As casas flutuantes são construídas sobre enormes troncos, toda de madeira, e elas acompanham a cheia do rio, subindo e descendo conforme manda a natureza. às vezes, estão lá embaixo ao lado de uma praia de rio ou uma cachoeira; às vezes, lá em cima na altura das copas das ávores, como era o caso ná época que fomos.

Aliás, fomos na época de uma cheia histórica, a maior em dezenas de anos. Para se ter uma ideia, onde estávamos existe uma cachoeira com uns 7 metros de queda d’água, mas estávamos flutuando a vários metros acima dela!

Chegamos à casa do ribeirinho ao entardecer, praticamente noite. Já estavam lá dois rapazes, um brasileiro e um alemão.

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A casa, bem simples, tinha uma grande varanda na frente, onde os barcos são atracados. O banheiro era uma “casinha” de madeira ao lado da casa. A descarga? Pega-se a água do rio com um balde ali do lado mesmo e joga-se na privada. Pra onde vai? Ora, pra essa mesma água… Mas é tanta água, que nem faz cosquinha, a água é limpinha.

A parede da casa estava cheia de fotos de turistas, dos moradores, cartazes da Amazônia e… um cartaz do vasco campeão brasileiro de 2009.

Conversando com nosso guia, que morava numa das casas ali “ao lado”, descobrimos que ali era uma “vila”. Isso mesmo, uma vila de casas flutuantes!

— “Mas uma vila só com 4 casas?”, perguntamos, pois eram as que víamos.

— “Não, não, ali pra trás tem mais casas. Tem até uma vendinha, um barzinho…”

Mais um monte de casas flutuantes! Um barzinho flutuante! Queremos conhecer!!

E lá fomos nós!

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A casinha no meio da imensidão amazônica onde a gente jantou e dormiu

O barzinho flutuante

Se é para fazer um turismo antropológico beem feito, que seja completo! Entramos todos no barco (uma canoa) e eles nos levaram lá.

Um breu danado, só dava pra ver as estrelas e nós ali, num pequeno barco no meio da floresta amazônica! De fato, depois de uns 200 metros chegamos à vendinha flutuante, toda arrumadinha, pintada, com mesas, cadeiras e cerveja gelada! Até mesmo uma mesa de sinuca!

O local era, ao mesmo tempo, também a casa da dona do estabelecimento. Tomamos algumas, conversamos com a dona, tiramos fotos, conhecemos outros moradores e voltamos ao nosso pouso.

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Pendurando as redes para dormir>

Na volta, o casal nos fez comida típica: arroz branco e uma peixada. Comida simples, mas muito boa.

Depois da janta, a arrumação para dormir: esticar as mais de dez redes pela varanda da casa. Ficamos todos na varanda, bem na beirinha do rio. Penduramos as redes e cada um escolheu a sua.

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Os que ficaram mais na beira do rio tinha o barulhinho da água e, de quebra, a brisa.

Só de saber que ali no escuro da noite à nossa volta tinham tudo quanto que é bicho… rs…

Por fim, tivemos uma noite extremamente linda e estrelada.

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Realmente, uma noite inesquecível e super diferente.

Ah, se quiser saber o que fizemos no dia seguinte – que foi muito legal! – leia nossos outros posts de Manaus, abaixo.

Boa viagem!

Leia mais:

8 comentários em “Turismo antropológico na Amazônia: dormir na casa de um ribeirinho”

  1. Olá! Boa noite!

    Eu tenho um casal de amigas que têm um sonho de cruzar a Amazônia subindo o Rio Amazonas numa grande expedição de imersão na floresta. Eu gostaria de saber se você ainda faz estas excursões ou se conhece guias confiáveis para acompanhá-las. Obrigado!

    Responder
    • Eu nunca organizei esse tipo de excursão, fiz a viagem como muitos outros fazem. E não, não tenho nenhum contato par te passar, pois arrumei tudo lá no dia. Boa viagem!

      Responder
  2. Oi!
    incrível isso tudo. Como aconteceu isso? Conversando com pessoas no porto? com barqueiros? com quem? gostei tanto dessa idéia que queria fazer tudo pra tentar q acontecessa! qualquer dica é bem vinda 😉

    obrigada!!

    Responder

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