Como nasceu o meu caso de amor com a Alemanha

Apesar de já ter estado na Alemanha 5 vezes, nunca tinha publicado nada sobre ela aqui no blog.

Por quê?!

Talvez por uma relação de amor com a Alemanha, o que acaba por me criar um certo bloqueio, mas agora estou decidida a dar um fim nisso.

Meu caso de amor com a Alemanha

A primeira vez…

… que estive no país eu tinha 14 anos. Viajava com a família e chegamos num domingo, numa pequena cidade do interior… estava tudo aparentemente deserto, todo o comércio fechado e nós morrendo de fome.

Eis que encontramos alguém e perguntamos se havia um restaurante. A resposta foi que não encontraríamos nada, pois aquele era um dia de festa no local: alguém estava casando. Mas, para nossa surpresa, fomos convidados a ir comer no banquete da festa, onde estavam todos da cidade.

Muitos anos se passaram antes que eu voltasse à Alemanha, mas nesse meio tempo fui encontrando com “ela” na minha vida acadêmica.

O primeiro e grande amor

Obras de Joseph Beuys
O responsável pelo meu caso de amor com a Alemanha

Quando fiz minha especialização em História da Arte Contemporânea me deparava volta e meia com a figura de um artista que me chamava a atenção: Joseph Beuys, um artista alemão. Não sabia muito – ou nada – sobre ele, mas sua imagem me intrigava e a falta de informações ainda mais.

Como pesquisadora e curiosa que sou, tratei de correr atrás de material sobre ele e não demorou para que Beuys se tornasse o tema do meu trabalho de conclusão de curso, intitulado: “O conceito de performance-instalação na obra de Joseph Beuys”.

Começava aí uma história de amor que já dura mais de 12 anos! Roteiro Alemanha

Foi preciso importar todo o material para a minha pesquisa, pedir ajuda a pesquisadores estrangeiros e até com sua viúva entrei em contato. Fato é que consegui reunir um imenso acervo bibliográfico sobre o artista, bem como sobre a história e filosofia alemã que o envolviam direta ou indiretamente.

Era a Alemanha cruzando o meu caminho e convivendo comigo diariamente…

Quanto mais estudava, mais queria saber e, então, fui parar num mestrado em que me dediquei a estudar mais a fundo a obra do artista, com um viés antropológico, o que resultou na dissertação “O pensamento de Joseph Beuys e seus aspectos rituais em ação”, disponível online no site da PUC-RJ, caso tenha curiosidade.dicas Alemanha

O primeiro encontro…

Tal pesquisa foi a responsável pelo meu retorno, já adulta, à Alemanha (e a outros países europeus), para que pudesse ver de perto algumas das obras que tanto estudei…

O conceito de beleza passa longe da maioria de seus trabalhos, mas eles são imensamente carregados de simbolismos e, quando se estuda tudo o que há por trás daquelas formas “feias”, elas ganham uma dimensão estética difícil de explicar. Enfrentá-las cara a cara foi, para mim, uma emoção sem explicação.viagem Alemanha

Os horizontes se ampliam…

Percebi com os anos que estudar apenas sua vida e obra não bastava, era preciso mais… e, então, fui parar de volta aos bancos universitários para fazer um curso de filosofia. Sim, filosofia! Era preciso desbravar novos mares…

Láurea AcadêmicaO curso foi bem sofrido, pois exigia uma carga de leitura e dedicação como eu nunca tinha tido. Muito mais do que no mestrado, por exemplo.

Foquei toda a graduação em estética e filosofia alemã. Até com Kant eu tive que dialogar… e não foi nada fácil.

Por vezes, a leitura era tão árdua que quase desisti… mas consegui chegar ao fim e todo o estudo me fez ter um novo olhar sobre a obra de Beuys, sobre a Alemanha e, ainda, ganhar uma láurea acadêmica (prêmio dado ao aluno que se forma com as notas mais altas da sua turma).

Preciso dizer que meu trabalho de conclusão de curso também foi sobre o Beuys?!

Desta vez escrevi “Como explicar quadros a uma lebre morta: dialógos possíveis de Joseph Beuys com Schiller, Husserl e Arthur Danto”.o que visitar na Alemanha

Apenas um detalhe…

A cada novo passo a Alemanha se embrenhava mais em mim, através da arte, história e filosofia, mas me deparei com um “pequeno” detalhe: eu não conhecia nada (ou praticamente) do idioma.

Para não perder tempo, mal acabei o curso de filosofia, já pedi reingresso para o curso de Português-Alemão.

É nesta fase que estou agora: sofrendo para aprender a língua de Beuys, Kant e Schiller. Alguém me disse que uma vida não é suficiente para se aprender alemão e começo a acreditar nisso, mas o fato é que quanto mais aprendo – ou tento – este idioma, mais perto me sinto dos meus amores…

E assim, em menos de 3 meses já estive na Alemanha mais duas vezes e conto os dias para voltar muitas mais.

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São tantos os passeios que quero fazer, desde os mais turistões até os menos óbvios, quero ver todas as obras de Beuys, quero conversar com camponeses, ler Schiller e Goethe no original… e percebo que uma vida não será suficiente para tudo isso.

E pensar que tudo começou com uma simples foto de uma artista em um livro… assim nasceu o meu caso de amor com a Alemanha!Joseph Beuys

Espero que um dia você também possa se apaixonar e ter uma “caso” de amor com a Alemanha, um lindo país!

Quem sabe este blog possa servir de cupido?!

Boa viagem!

Leia mais sobre a Alemanha:

11 comentários em “Como nasceu o meu caso de amor com a Alemanha”

  1. Amo a Alemanha! Desde adolescente sonhava em ir. Só consegui em 2011 e de lá para cá, fui tds os anos a pelo menos uma nova cidade . Este ano não irei,vou para Portugal. O texto me deixou com aquela sensação de que estou perdendo algo.

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