Park Güell, Barcelona: uma das mais lindas obras de Gaudí

Quando fui a Barcelona a primeira vez, o Park Güell foi, com certeza, uma das atrações que eu mais gostei.

Me senti em um espaço mágico, tipo “nas nuvens”, colorido, silencioso, místico, sei lá.

De fato, ele é assim. Quando voltei à cidade, pude confirmar que o Parque Güell é, definitivamente, uma das melhores atrações de Barcelona.

Barcelona é a capital da região da Cataluña e eles fazem questão de afirmar e nos lembrar disso. Quando estávamos lá, saindo do hotel, encontramos um velhinho que nos viu conversando e puxou assunto: “de onde vocês são?”.

– Do Brasil, respondemos.

Ele falou umas coisas lá sobre o nosso país e, ao final, exclamou: “Viva o Brasil!”. Um amigo nosso, então, prontamente retrucou: “Viva a Espanha!”. E ele fechou a cara, dedo em riste retrucou: “Viva a Espanha, não! Viva a Cataluña!!”.

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Barcelona e Gaudí

Barcelona é mundialmente famosa pelos trabalhos do arquiteto Antoni Gaudí, expoente do modernismo catalão, que viveu entre 1852 e 1926.

Ele estava em plena atividade profissional quando aconteceu a Exposição Universal de Barcelona, em 1888. Ela ocorreu entre 20 de maio e 9 de dezembro e foi a primeira feira mundial realizada na Espanha (ou na Cataluña… rs).

Este evento mostrou à Europa e ao mundo uma Cataluña renascida, que buscava novas linguagens artísticas e arquitetônicas, com planos de expansão e modernização sendo executados.

Foi aí que cresceu e se solidificou o movimento Modernista e o trabalho do arquiteto Antoni Gaudí, entre outros.

Seu trabalho foi ainda mais fortalecido após a Exposição Internacional de Paris, em 1900, onde se consolidou o movimento Art Nouveau, com suas formas derivadas da natureza.

Quem conhece o trabalho de Gaudí entende a razão, né?

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Por conta disso, passear por Barcelona, hoje, é encontrar inúmeros exemplos de construções típicas da época de ouro destes movimentos, grande parte delas assinadas por Antoni Gaudí.

São formas sinuosas, coloridas, onde estão presentes desenhos totalmente diferentes das linhas retas e sisudas características de outros estilos. E, também, que abusam dos mosaicos, que Gaudí soube trabalhar magnificamente bem.

E uma destas construções é o magnífico Parque Güell.

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Park Güell, em Barcelona

O Parque Güell começou a ser construído em 1900, numa época em que Barcelona estava em pleno crescimento. Ele é a coroação de uma longa parceria entre o arquiteto Antoni Gaudí e o empresário Eusebi Güell.

Tudo começou na Exposição Universal de Paris, em 1878, quando Güell se impressionou com uma vitrine planejada por Gaudí. Nascia ali mais do que uma relação entre financiador e um artista, mas uma verdadeira amizade.

Neste ano Gaudí fez, por encomenda do empresário, os móveis de uma capela neogótica, cujo arquiteto era Joan Martorell, com quem Gaudí firmou uma parceria de muitos anos e se tornou, como ele mesmo dizia, o seu mestre.

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Depois de vários projetos – como, entre eles, a nova casa de Eusebi Güell (em 1886) e a igreja para a Colônia Güell, onde moravam os trabalhadores da fábrica têxtil do empresário (em 1898), finalmente, em 1900, Gaudí recebeu a incumbência de projetar o que viria a ser o Parque Güell.

A proposta de Eusebi Güell seria a construção de uma grande propriedade para famílias abastadas, para a construção de suas mansões.

Aproveitando a vocação do terreno, construíram-se uma complexa rede de caminhos, viadutos e degraus.

Em uma localização privilegiada, em terreno de aclive com lindas vistas para o mar e para a cidade de Barcelona, pretendia-se a venda de 60 parcelas no local, onde seriam construídas as casas dos futuros moradores.

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Mas o empreendimento, por uma série de razões, não deu certo. Somente duas das sessenta casas estavam previstas a ser construídas.

Desta forma, somente Gaudí morava em uma casa no local, assim como o próprio Güell, que morou lá com a família, tendo o Parque como um grande jardim privativo.

Privativo, mas de uso público, pois já àquela época, a imensa praça recebia grandes eventos da cidade e começou a aparecer como uma das atrações turísticas de Barcelona.

Eusebi Güell morreu em 1918, em sua casa. Depois disso, em 1922 a prefeitura comprou o parque de seus herdeiros, inaugurando um parque municipal em 1926.

A casa da família virou uma escola pública e, em 1963, a casa de Gaudí se transformou no Museu da Casa Gaudí. Em 1969, o Park Güell foi reconhecido como um Monumento Artístico de Barcelona e, em 1984, foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO.

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Hoje, o Park Güell é uma das atrações mais visitadas de conhecidas de Barcelona. E, como e já disse, para mim uma das mais bonitas e com uma aura de mistério.

Das duas vezes que estive lá, fui surpreendido com músicos tocando na parte que fica abaixo da grande praça central. A praça foi construída num enorme platô suspenso por colunas.

Lá embaio, da primeira vez que fui havia um flautista tocando melodias maravilhosas. O som, ajudado pela acústica do local, pairava por todo o lugar, e a gente escutava ainda mais maravilhado, observando os lindos mosaicos do Gaudí.

Sempre tem um músico por lá, ajudando a gente a entrar no clima…

E, da segunda vez, vimos um homem tocando contra-baixo junto às lindas colunas de pedra que sustentam uma parte da praça… vestido como se estivesse no século passado! E aquele som preenchendo cada espacinho daquele ambiente… Uma visão incrível!

Logo na entrada você se depara com a grande escadaria que dá acesso ao parque. Olhando pra cima você já vai se maravilhar com a grandiosidade do projeto, ao observar as imensas colunas que sustentam a praça principal e as sinuosas curvas que dão o tom de toda a construção.

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Além, é claro, do colorido dos ladrilhos. No alto da escadaria, antes de entrar, um lagarto todo trabalhado em mosaico nos dá as boas vindas. Esse lagarto virou um dos símbolos do local e ícone da obra de Gaudí.

Quando você sobe as escadas, entra em um mundo de curvas, caminhos com desenhos em pedras cuidadosamente e harmoniosamente ajeitadas para criar desenhos fantásticos. São colunas, paredes desenhadas e passarelas.

Depois, chegamos à grande praça, circundada por um longo e sinuoso banco todo trabalhado em mosaico.

Abaixo da praça, no subsolo deste imenso platô, ainda nos deparamos com um pátio com as colunas de sustentação e o teto todo trabalhado em mosaico.

Afinal, lá existem inúmeros recantos, meandros, caminhos sinuosos, platôs, mosaicos maravilhosos pra se admirar. Além da vista, que é linda. Vale muito a pena, você vai gostar.

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Informações úteis – Park Güell

• Endereço: Carrer d’Olot, s/n
• Funcionamento: Aberto todos os dias do ano, de acordo com estes horários:
  • De 1º de janeiro a 25 de março: das 8:30h às 18:30h (última entrada às 17:30h)
  • De 26 de março a 30 de abril: das 8h às 20:30h (última entrada às 19:30h)
  • De 1º de maio a 27 de agosto: das 8h às 21:30h (última entrada às 20.30h)
  • De 28 de agosto a 28 de outubro: das 8h às 20.30h (última entrada às 19.30h)
  • De 29 de outubro a 31 de dezembro: das 8:30h às 18:30h (última entrada às 17.30h)
• Custo: 10 €, com descontos para idosos e crianças. Menores de 6 anos entram de graça.
• Site: http://www.parkguell.cat

Como comprar ingressos para o Parque Güell?

Há alguns anos, a entrada passou a ser controlada, com limite de visitantes. Então, é bom garantir. Pra fugir das filas, você pode comprar suas entradas pela internet.

Na hora da compra, você tem que escolher a data e a faixa horária que vai entrar. Preste atenção nisso, porque não se permitem entrada fora da hora marcada (com uma tolerância de meia hora).

Atenção: mesmo quem tem entrada grátis, tem que retirar o ingresso (as crianças menores de 6 anos, por exemplo).

Então, boa viagem, e aproveite Barcelona!

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