A Vinícola Santa Rita é uma das mais antigas e mais conhecidas do Chile, e está bem pertinho de Santiago.
Quando fomos ao Chile a convite do Valle Nevado, tivemos a oportunidade de conhecer algumas vinícolas e uma das que eu mais gostei de visitar – se não a melhor – foi a Vinícola Santa Rita, no Valle del Maipo.
É um local simplesmente maravilhoso não só para os amantes dos vinhos do Chile, mas para um passeio em família. Há muitas atrações e atividades que se pode fazer, para além do óbvio.
Se você está procurando o que fazer em Santiago do Chile, já encontrou um ótima opção.
Veja como foio nosso passeio pela vinícola Santa Rita e os vinhos chilenos que tivemos a oportunidade de conhecer.
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Vinícola Santa Rita
Pra começar, o local é enorme e belíssimo, contando com casarões, restaurantes, cafés, lojas, mirantes, imensos e lindos jardins, uma igreja, criações de animais, um museu e muita história.
Uma das atividades que você pode fazer – neste caso, obviamente, não é aconselhável crianças pequenas ou com dificuldades – é o passeio de bicicleta.
Pode-se percorrer boa parte da propriedade pedalando. O guia para em determinados locais e conta coisas sobre a vinícola e a produção dos vinhos e outros assuntos. É divertido e não é muito puxado, mas tem que estar um pouco em forma.
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No caminho, conhecemos a área onde são produzidos os vinhos orgânicos. Isto mesmo: esta vinícola tem uma parte da propriedade separada apenas para a produção de uvas orgânicas, ou seja, não é utilizado nenhum tipo de defensores químicos (agrotóxicos) ou adubos inorgânicos.
Confira => Excursão à Vinícola Santa Rita
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É nesta parte que eles mantém as criações dos animais: são patos, lhamas e veados que “trabalham” na plantação todos os dias.
Eles são soltos durante o dia para comerem insetos e pragas, além de fertilizarem o solo. E os restos da produção do vinho (cascas) também são utilizados como adubo.
Ao final do passeio, subimos um pequeno mirante e provamos o vinho orgânico Nativa, admirando a paisagem. Adorei.
Gostei tanto que levei logo cinco garrafas dele pra casa!
Depois do passeio de bicicleta ainda fizemos um tour por outras partes da propriedade.
Conhecemos, por exemplo, um jardim onde se encontram amostras de cada variedade de uvas cultivadas na vinícola e recebemos uma explicação sobre cada uma.
Vale a pena => Excursão de um dia para o Valle Nevado
Vimos o “Pedal Bar”, objeto interessantíssimo criado pela vinícola: um “bar sobre rodas”.
As pessoas se sentam ao redor do balcão móvel, dentro do qual fica o sommelier servindo e explicando sobre os vinhos. Enquanto isso os clientes do “bar” pedalam, passeando pela região! Pena que só passamos em frente… rs
Passeamos também pela região do Parque Centenário, criado pelos antigos proprietários da fazenda, com espécimes de todo o mundo, lagos e muitas flores.
Há neste parque uma imensa videira com quase 200 anos!
Visitamos a linda capela neo-gótica (de 1885) que forma, com o jardim em frente, um cenário perfeito para fotos.
E há muitas outras surpresas pelo caminho, como uma piscina cercada no meio do imenso jardim, onde provavelmente os aristocratas da época tomavam banhos. As paredes serviriam para dar mais privacidade ao banho… sem roupas.
É nesta região também que fica a Casa Real, antiga casa senhorial de Don Domingo Fernández Concha, fundador da Viña Santa Rita, em 1880.
Desde 1992 o casarão serve como um dos mais prestigiados hotéis do Chile, com apenas 16 habitações, o Hotel Casa Real.
Produção do Vinho Santa Rita
Outra parte do recorrido é dedicada à produção do vinho propriamente dita, mostrando seus tonéis de armazenamento e conhecendo, ao final, a interessante história que deu origem à linha de vinhos 120.
Na época da luta pela independência do Chile, por volta de 1814, 120 soldados, liderados pelo General Bernardo O’Higgins e exaustos e feridos de uma longa batalha, chegaram à fazenda Santa Rita e foram acolhidos pela doña Paula, proprietária à época.
Ela os escondeu no subsolo, tratou-os e os salvou, para que depois pudessem ainda ajudar na independência do país.
Hoje, nestas mesmas caves são guardados barris e garrafas com vinhos premiados e existe todo um cenário, com estátuas representando as cenas, além de se poder assistir um vídeo explicativo.
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Agora, a história que eu mais gostei foi a das uvas Carménère, olha só que interessante: essa variedade de uva é de origem francesa (Bordeaux). Ela foi considerada extinta, após ser atacada, no início do século XX, por uma praga nos vinhedos europeus.
Ali em Santa Rita eles cultivavam a uva Merlot, mas estavam tendo problemas com certos videiras, que não estavam se desenvolvendo normalmente como deveriam.
Chamaram um especialista, francês, para ver qual era o problema e… descobriu-se que há décadas cultivavam a Carménère como se fosse Merlot!!
Ela havia sobrevivido no país e fez-se esta descoberta ali mesmo! Hoje ela está plenamente adaptada ao Chile – e não se conseguiu levar novamente à Europa – sendo a principal uva, hoje, de produção tipicamente nacional de vinhos do Chile.
Finalmente, terminando o passeio, ainda almoçamos no renomado restaurante Doña Paula, que tem este nome em homenagem à antiga dona da casa principal da Fazenda Santa Rita.
A loja – que dá vontade de comprar tudo – fica ao lado do restaurante. Saí de lá com 7 garrafas… as 5 que já havia falado, do vinho orgânico, e mais duas da Carménère, em garrafas comemorativas dos 20 anos da redescoberta da uva!
Veja mais detalhes dos tours (com bike, com picnik, com o “Pedal Bar”, etc.) no site da Vinícola Santa Rita. São vários tipos de passeios e, com certeza, você vai querer um deles!
Muitas agências fazem excursões para lá – assim como para outras vinícolas. Veja aqui algumas excursões para a Vinícola Santa Rita.
Mas, se você quiser, pode alugar um carro e ir por conta própria.
Então, quando for ao Chile, já sabe: este é um passeio que vale a pena!
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Boa viagem!O Blog Turista Profissional viajou ao Chile desta vez a convite do Valle Nevado.
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Parece ser um passeio maravilhoso! Preciso me organizar para conhecer essa vinícola!
Obrigada pelas dicas e parabéns pelo blog!